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Há um fantasma que assombra os corredores do poder em Brasília, e ele tem sido mantido longe dos olhos do povo: a realidade incontornável de que, em um futuro próximo, o Estado brasileiro terá esgotado sua capacidade de pagar suas contas. O ano de 2027 se aproxima como um abismo fiscal, uma data-limite para a qual não mais haverá recurso para serviços essenciais, como saúde, segurança e educação. Enquanto a classe política aponta o dedo para a previdência, usando-a como bode expiatório e culpando a demografia, a verdade é mais dura e incômoda. O que vivemos não é uma crise inesperada, mas sim o resultado direto de uma irresponsabilidade fiscal travestida de populismo.
O argumento oficial é recorrente e, para a maioria desavisada, parece plausível: o sistema previdenciário brasileiro é insustentável. A longevidade da população e a estrutura de contribuição seriam as grandes vilãs, levando o país a um colapso inevitável. Essa é uma meia-verdade perigosa, usada para desviar o foco da verdadeira origem do problema. A verdade é que, há décadas, a previdência social deixou de ser um sistema de seguro para o trabalhador e se tornou um caixa de despesas aleatórias, um balcão de negócios para a política eleitoreira e um poço sem fundo para desvios.
Não é a aposentadoria do trabalhador honesto que está drenando os cofres. É a apropriação indevida dos recursos destinados à segurança social. Os desvios nos cofres da previdência não são novidade; eles já passaram dos bilhões há muito, muito tempo. Essa sangria tem sido constante, com governos de diferentes matizes usando esses recursos para cobrir déficits de outras áreas ou financiar projetos sem transparência. O mais perverso de tudo é o uso descarado da previdência para bancar ações de cunho populista. As benesses eleitoreiras, como o Bolsa Família, o auxílio-gás e inúmeras outras despesas assistencialistas, são bancadas com o dinheiro que deveria garantir a dignidade da aposentadoria de milhões de brasileiros.
Essa é a manobra contábil que nenhum governante tem a coragem de expor. A previdência não está em crise por si só; ela está sendo saqueada para financiar agendas políticas de curto prazo, garantindo votos em detrimento do futuro de todos. Essa prática é a face mais cínica do descompromisso com a nação. Milhões de trabalhadores contribuem ao longo de uma vida inteira, na justa expectativa de ter uma rede de proteção na velhice, para que seus recursos sejam desviados em um jogo político sujo, onde o governo distribui benesses eleitoreiras com o dinheiro que não lhe pertence. É uma traição direta ao cidadão, uma quebra do contrato social. A conta, que já chega com juros e correção, não será paga pelos políticos, mas pela população em geral, que verá serviços essenciais, como saúde e educação, definharem por falta de verba.
A deterioração da nossa economia, a inflação que corrói o poder de compra e o aumento dos impostos são sintomas desse mal. O Brasil precisa de menos Estado e mais mercado, de menos burocracia e mais empregos gerados pela iniciativa privada. No entanto, o que a classe política oferece é mais do mesmo: promessas vazias e um caminho que leva, inevitavelmente, ao colapso.
É urgente que a sociedade acorde e exija o fim desse populismo financeiro. A segurança do futuro não está em agendas de "gastar o que não se tem", mas na responsabilidade fiscal, na austeridade e na defesa intransigente dos recursos públicos. A única via para escapar do abismo de 2027 é resgatar o que foi desviado, encerrar as torneiras do desperdício e devolver a previdência à sua finalidade original: proteger o trabalhador que, com suor e sacrifício, construiu este país.
Não nos calaremos. A irresponsabilidade de hoje é a pobreza de amanhã, e a conta será cobrada da única forma que os políticos entendem: nas urnas, pelo povo que um dia se cansou de ser enganado.

A irresponsabilidade de hoje é a pobreza de amanhã
A cúpula da ilusão e a inflexão perigosa da diplomacia brasileira
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