OPINIÃO

O real sentido das festas

  

As luzes que adornam as fachadas e o comércio neste final de dezembro não devem ser confundidas com a essência do que celebramos. Para o cidadão que pauta sua vida pelos valores da direita e do conservadorismo, o Natal e a transição para um novo ano representam muito mais do que um hiato na rotina produtiva; são momentos de reafirmação de um compromisso inegociável com a tradição, a família e a liberdade. No Jornal Cabeço Negro, acreditamos que a beleza deste período reside na sua capacidade de nos reconectar com o que é permanente em um mundo que tenta, a todo custo, tornar tudo líquido e descartável.

Repensar o tempo é um exercício de honestidade intelectual. Vivemos sob o bombardeio de narrativas que tentam subverter a lógica e relativizar a moral. Portanto, olhar para o ano que finda exige a coragem de avaliar nossas próprias omissões. O conservador não se rende ao vitimismo; ele assume a responsabilidade individual sobre seu destino. Se o cenário político ou social se mostra desafiador, a resposta não está no lamento, mas no fortalecimento das instituições base: a família, a fé e o respeito às leis vigentes.

O Natal é o marco zero da civilização ocidental. Celebrar o nascimento de Cristo é reconhecer que existe uma ordem superior que precede o Estado e que confere ao indivíduo uma dignidade que nenhum governante pode retirar. É neste espírito que defendemos a liberdade de pensamento e expressão como bens supremos. Sem o direito de dizer a verdade, as luzes de Natal são apenas decoração vazia. A beleza do repensar está em filtrar o que é sólido do que é apenas barulho ideológico.

Mas o pensamento sem a ação é estéril. Ao cruzarmos o limiar de 2026, o "agir" deve ser a nossa bússola. Não basta desejar um país melhor; é preciso agir na defesa da propriedade privada, da livre iniciativa e da proteção das nossas crianças contra doutrinações. O agir conservador é resiliente e legalista. Respeitamos as leis conforme escritas, combatendo as interpretações criativas que tentam moldar a sociedade à revelia da vontade popular.

Neste final de ano, o Jornal Cabeço Negro convoca seus leitores à vigilância e à esperança ativa. Que a mesa farta seja um símbolo da recompensa do trabalho honesto e que a união familiar seja a nossa fortaleza. O futuro não pertence aos que esperam pela benevolência estatal, mas aos que, guiados pela fé e pela razão, agem para preservar a herança de liberdade que recebemos de nossos antepassados. Que o novo ano seja de combate firme e vitórias reais.