OPINIÃO

Estão mentindo para você

  

A nação vive sob uma cortina de fumaça. Diariamente, o desgoverno e seus porta-vozes tecem narrativas para encobrir a incompetência, os gastos excessivos e, o que é mais grave, a renovação dos velhos esquemas de aparelhamento. Em nome da "estabilidade", o cidadão é bombardeado com meias-verdades que visam apenas blindar a classe política e preparar o terreno para mais assaltos ao seu bolso e à sua liberdade.

A farsa do INSS e a cegueira seletiva

O primeiro ataque é o mais covarde: o de negar o óbvio e reescrever a história da roubalheira. A verdade, sempre inconveniente para o poder que se instala, precisa ser dita com clareza: o esquema bilionário de fraudes no INSS não é uma novidade, mas um câncer que existe há anos. No entanto, a imprensa alinhada ao atual poder ignora que o grande desvio histórico, que levou a condenações e marcou a memória nacional, foi aquele protagonizado pelo ex-marido da petista Gleisi Hoffmann.

O que é mais relevante é a reação política e o aumento exponencial do problema. Se o governo anterior, de fato, agiu com a Medida Provisória 871/2019 para endurecer as regras (iniciativa posteriormente desvirtuada por interesses de parlamentares no Congresso), o que vemos hoje é a blindagem institucional e o crescimento descontrolado das fraudes.

O PT, de forma vergonhosa, não queria a CPMI do INSS. Por quê? Porque sabem que a investigação de um esquema que disparou nos últimos anos pode desvendá-los. Negar a CPI e tentar manipular a cronologia dos fatos não é combater a corrupção; é usar a narrativa para desviar o olhar do povo e proteger os seus. O PT tenta desesperadamente lavar a própria história, mas a memória do brasileiro que trabalha não é curta.

O engano do PIX e a universalidade dos impostos

A segunda mentira que tentam vender é a ilusão de que a voracidade fiscal afetará apenas os "muito ricos". A narrativa de que "o PIX não será taxado" ou que "o aumento de impostos será só sobre as BETs e grandes fortunas" não resiste a uma análise básica.

O PIX já é monitorado pela Receita Federal em movimentações acima de R$5 mil para pessoas físicas, o que significa um avanço na fiscalização sobre o cidadão comum, algo que, a médio prazo, pressionará o contribuinte. Mais grave ainda é a farsa das apostas esportivas (BETs): elas foram retiradas do projeto original, expondo a fragilidade e a seletividade da promessa de taxação de "grandes fortunas".

O que a história nos ensina, e que a esquerda se recusa a admitir, é que o Estado nunca se satisfaz. Todo e qualquer aumento de imposto, seja por derrubada de isenções, aumento de alíquotas ou "ajustes" no arcabouço fiscal, será, no fim, repassado ao consumidor, ao preço da gasolina, do alimento e do serviço. Não há almoço grátis no socialismo; a conta sempre chega, e é você quem paga.

A irresponsabilidade oculta e a pressão no Congresso

A cereja do bolo da hipocrisia veio do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ao reclamar publicamente que o problema da falta de dinheiro para o governo não é a roubalheira ou o excesso de gastos, mas sim a pressão do Congresso por emendas, ele comete um ato de pura irresponsabilidade política.

As emendas parlamentares, que ele critica, são, em sua maioria, o dinheiro do contribuinte que retorna aos municípios para pavimentação, saúde básica e escolas. Emendas são descentralização de recursos. O problema do governo não é o dinheiro que chega aos municípios, mas o dinheiro que é desviado em grandes contratos e a festa sem fim dos gastos públicos e da máquina inchada. Tentar culpar o Congresso e os municípios é a tática mais rasteira para encobrir a própria incompetência de cortar despesas onde realmente dói: no aparelhamento ideológico e no uso político dos cofres federais.

Liberdade: a única vacina contra a mentira

O Brasil está sob ataque de uma máquina de propaganda que exige submissão ideológica e o silêncio. Tentam nos convencer de que desvio de dinheiro é apenas "erro de gestão" quando é feito pelos seus, mas que é "corrupção" quando é feito pelos outros.

A nossa única defesa é a liberdade de pensamento e de expressão. Acreditamos na transparência e no império da lei. Não nos calaremos diante da narrativa que tenta inverter a realidade. Que investiguem o INSS, que cancelem os gastos excessivos e que parem de taxar o brasileiro que produz.

A verdade é uma só: estão mentindo para você para que continuem roubando a sua liberdade e o seu dinheiro.