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O Brasil assiste, com crescente vergonha e indignação, a uma sequência de eventos protagonizados pela alta cúpula do Poder Executivo que lança uma sombra densa sobre a credibilidade da nação no palco internacional e sobre a moralidade pública interna. A liberdade de pensamento e expressão, princípio que defendemos com rigor, exige que tais atos sejam analisados sem meias-palavras. É inaceitável que a representação máxima de nosso país confunda a diplomacia com a grosseria, sendo um vexame que humilha o povo brasileiro as alegações de que o Presidente da República teria aparecido em compromissos internacionais em estado questionável e, pior, proferido ofensas públicas a um parceiro comercial e histórico como o Primeiro-Ministro e o povo da Alemanha. O cargo de Presidente exige decoro, sobriedade e respeito institucional; a incapacidade de manter a compostura em encontros de chefes de Estado não é um sinal de autenticidade, mas de despreparo e descaso com a imagem nacional.
Em paralelo ao constrangimento externo, o país é repetidamente exposto a escândalos que envolvem a Primeira-Dama, Sra. Janja: as denúncias que apontam o uso desmedido e opaco de recursos públicos em gastos pessoais, reformas e mobilidade, além de desvios na gestão do Palácio, não podem ser varridas para debaixo do tapete. Em um país com vastas carências sociais, a ostentação e a falta de transparência nos gastos da família presidencial ofendem a ética e o bom senso; a lei é clara e os recursos públicos devem ser tratados com a máxima austeridade e probidade, exigindo-se explicações claras e a devida responsabilização por qualquer uso indevido do erário.
A crise de moralidade se aprofunda e atinge a Justiça, pois a indicação do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) é marcada por graves suspeitas, baseadas nas denúncias de que o Advogado-Geral da União (AGU), Jorge Messias, tinha conhecimento do gigantesco esquema de roubo contra velhinhos e aposentados do INSS por um ano, e optou pelo silêncio num claro crime de prevaricação. O dever de um servidor público é agir imediatamente em defesa do patrimônio público; a omissão diante de um crime de tal magnitude é, no mínimo, uma forma de cumplicidade, e trazê-lo à mais alta corte de justiça levanta sérias dúvidas sobre a intenção de proteger a moralidade ou de blindar o poder. O cidadão honesto espera do STF a vigilância intransigente contra a corrupção, e não a conivência institucionalizada.
Por fim, a agenda ambiental, utilizada como cortina de fumaça, também se revela um fracasso vexatório, como visto na última Conferência das Partes (COP 30). Enquanto o governo faz discursos grandiloquentes sobre clima, a gestão interna da pauta mostra-se ineficaz, cara e ideologicamente carregada, servindo mais à autopromoção política do que a soluções pragmáticas para o desenvolvimento, que deve ser conciliado com a liberdade de produção.
O Brasil precisa de uma mudança radical: não de mais promessas, mas de decência, transparência e respeito à lei. A moralidade pública não pode ser negociável.
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