Ciclone coloca SC em alerta para ventos de até 60 km/h e temporais

No alvorecer de um 7 de setembro, a Nação se levanta para refletir sobre a jornada da liberdade. Há 203 anos, as margens do Ipiranga ecoava o brado de nossa independência, um grito que simbolizava o desejo de autonomia e soberania. Hoje, entretanto, a data nos convida a um exame mais profundo, pois o Brasil parece viver não uma plena liberdade, mas um estado de perene tensão, onde a democracia é, a todo momento, testada por forças que buscam silenciar vozes e impor um sistema de poder que flerta perigosamente com a autocracia.
A história nos ensina que a liberdade não se sustenta apenas com declarações. Ela exige vigilância e coragem. O que se observa no cenário atual é um País onde a economia agoniza sob sanções e políticas ideológicas que flertam com o modelo que transformou a Venezuela, outrora rica, em um exemplo de colapso social. As promessas de um futuro próspero se esvaem diante da realidade de uma população que luta para manter sua dignidade em meio a uma crise que é, em grande parte, resultado de uma gestão insensível às leis de mercado e à liberdade individual.
Paralelamente a essa derrocada econômica, assistimos a uma deterioração da ordem jurídica. A suposta tentativa de golpe, investigada sem a garantia dos devidos trâmites legais, expõe uma grave fragilidade institucional. Um sistema judiciário que se mostra político e partidário, que parece julgar não com base na lei, mas em narrativas, lança uma sombra sobre a própria noção de justiça. A presunção de inocência, o devido processo legal e o direito à defesa, pilares de qualquer Estado democrático, parecem ser tratados como meros formalismos, ignorados em nome de uma agenda que criminaliza a divergência política.
Essa desordem institucional e a fragilidade econômica colocam o Brasil à beira de um precipício. A liberdade de expressão é constantemente ameaçada, e a sociedade é levada a temer o próprio Estado. Não se trata de uma mera discordância ideológica, mas de um alerta para a subversão dos valores que sustentam nossa civilização.
Neste 7 de setembro, o brado de independência deve ser revigorado. Deve ser um grito contra a tirania silenciosa, contra a judicialização da política e contra a retórica que nos empurra para a pobreza. É um chamado à reflexão, para que o povo brasileiro, ciente de seus direitos e de sua história, não permita que a pátria que um dia se libertou seja novamente aprisionada, não por uma nação estrangeira, mas pelas próprias forças que, sob o manto de uma falsa moralidade, corroem a estrutura da nossa democracia.

Entre o grito do Ipiranga e o silêncio da autocracia
A sombra da impunidade sobre o paraíso
Deixe seu comentário