EDITORIAL

Qual o final da história?

Passados mais de 50 dias do início do novo governo e a esperança de alguns de que seria um governo para os pobres e que todo mundo comeria picanha foi esfacelada com a divulgação do aumento do salário mínimo seria de apenas R$18 e a informação de quem ganha pouco mais de R$2 mil pagaria imposto de renda. Decisão apresentada aponta que a promessa de campanha, de que só pagaria quem ganhasse acima de R$5 mil, ficou para um futuro distante.Provavelmente já deu saudades do anterior que deu 10% de aumento, pois esse virou o governo do “neném”: nem salário e nem picanha.Agora aparece a reforma tributária que em vez de diminuir, aumentará consideravelmente os impostos. E não adianta chorar, pois para manter 37 ministérios e milhares de cabides de emprego é necessário arrecadar mais e agora do início de março já sentiremos a dor no bolso. Um recado aos adeptos do tudo de graça: escola de graça, hospital de graça, cesta básica: não existe almoço grátis; quando você acorda e lava o rosto e escova os dentes já está pagando imposto sobre a água, o creme dental, a escova de dentes, no espelho que você olha, no pijama que você tirou também foi pago impostos. 24 horas por dia o governo nos taxa em tudo que temos e ou apenas usamos. Mais de 200 milhões de pessoas pagando gerando caminhões e mais caminhões de dinheiro e sem ter nada em troca. As propostas para a reforma tributária forma analisadas pelos setores da economia que apontaram que haverá sim aumento de impostos e ainda deve esconder muito mais, pois na comissão de análise não existe nenhum parlamentar do sul do Brasil. Nem de Santa Catarina, do Paraná e do Rio Grande do Sul. Existe a previsão de que o imposto único terá uma alíquota de 25%, uma das maiores do mundo.O cidadão, perdido em meio ao desgoverno que impera nesse início de mandato, não tem para onde correr. Nossos representantes no parlamento, em sua maioria, já receberam agrado e estão aliados as questões do atual mandatário. O Presidente abriu mão de bilhões para que o presidente da Câmara distribua emendas para os deputados, inclusive da oposição, na esperança de colher votos a seu favor. A decisão gerou revolta entre os aliados que fizeram o “L”. E isso não é brincadeira: é só procurar nas últimas notícias dos grandes jornais.Diante de tudo isso ainda existe a desculpa de que tudo é culpa do Banco Central que não abaixa a taxa de juros. Uma nuvem de fumaça sobre os que nada sabem sobre economia. Juros só aumentam para não desencadear aumento de inflação, pois a maioria sabe que quando a procura é maior do que a oferta tudo sobre e então o consumo precisa ser contido.Embora os presidentes da Câmara e do Senado acenem na manutenção da independência do Banco Central os ataques são inúmeros gerando insegurança.O que fazer diante de tudo isso?​·       ​Ministro da Fazenda que confessou que não entende de economia e quando fez pós-graduação colou na prova.​·       ​Dilma sendo indicada para o Banco do Brics.​·       ​Ministro da Justiça de um país democrático, socialista ou comunista, como queiram.​·       ​O Brasil acabou com a fome em 2012. Afirmação absurda desmentida pelas pesquisas do IBGE.​·       ​Magistrados opinam e falam sobre decisões antes dos julgamentos.​·       ​Ministros do Supremo já anunciaram que Bolsonaro ficará inelegível.E o pior é o caso das pessoas presas em Brasília desde o dia 08 sem as devidas provas dos delitos cometidos. E o PT, PSOL e PDT não querem CPI e nem CPMI sobre as ações daquele fatídico dia.A conclusão é clara: não existe esperança para um povo que elege mandatários sem utilizar o cérebro e sem medir as consequências; somente tentando se dar bem.