Fenômeno climático

Frio no verão? Influência do La Niña deve provocar mudanças bruscas no tempo durante a estação

  • Foto: Freepik - Frio no verão? Influência do La Niña deve provocar mudanças bruscas no tempo durante a estação

La Niña deve causar um verão irregular, com alternância entre frio, calor intenso e chuvas acima da média em várias regiões do país.

A chegada do verão, marcada para o dia 21 de dezembro às 12h03 (horário de Brasília), promete ser diferente do habitual. Apesar da expectativa por dias ensolarados e altas temperaturas, meteorologistas alertam para a possibilidade de mudanças bruscas no clima, com chuvas acima da média e quedas repentinas de temperatura, influenciadas pelo fenômeno La Niña.

O que é o La Niña e como ele interfere no clima

O La Niña é um fenômeno climático natural causado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial, o que altera a circulação atmosférica e afeta diretamente o regime de chuvas e temperaturas no mundo.


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Segundo a NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos), o La Niña de 2025 foi oficialmente confirmado e apresenta intensidade fraca, mas suficiente para influenciar o clima global até o início de 2026. O relatório, divulgado em 9 de outubro, indica 70% de probabilidade de o fenômeno persistir até fevereiro do próximo ano.

Efeitos do La Niña no Brasil

De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e a Climatempo, o fenômeno tende a provocar um verão com contrastes, alternando frio fora de época e calor extremo entre dezembro e fevereiro.

Durante os primeiros meses da estação, massas de ar polar tardias podem provocar quedas acentuadas de temperatura, especialmente no Sul e Sudeste, além de chuvas frequentes no Norte e Nordeste. Já entre o fim de janeiro e fevereiro, ondas de calor mais intensas devem marcar presença em boa parte do país.


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Regiões mais afetadas

  • Sul: tendência de períodos mais secos e temperaturas abaixo da média.
  • Sudeste: possibilidade de frio passageiro e pancadas de chuva mais concentradas.
  • Centro-Oeste: clima mais ameno, com alternância entre calor forte e chuva constante.
  • Norte e Nordeste: aumento das chuvas, especialmente no início do verão.

Essas variações, segundo especialistas, podem impactar diretamente a agricultura, o abastecimento de água e a geração de energia, setores fortemente dependentes das condições climáticas.

Um verão de contrastes

Mesmo com o frio atípico e o aumento das chuvas, o verão de 2025 não deixará de ter períodos de calor intenso. A expectativa é que o pico das altas temperaturas ocorra entre o fim de janeiro e fevereiro, quando a influência do La Niña começa a enfraquecer.

Os meteorologistas reforçam que o fenômeno, embora considerado de intensidade fraca, ainda é um dos principais responsáveis pelas anomalias climáticas observadas no Brasil e no mundo, demonstrando como o equilíbrio climático global é sensível às mudanças oceânicas.

Fonte: NDmais


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