Megaoperação nacional contra fraudes e clonagens de cartões prende suspeito em SC

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(Foto: Polícia Civil Mato Grosso, Divulgação) - Foram cumpridos sete mandados de prisão
A operação revelou um sofisticado esquema de fraudes digitais que envolvia desde clonagem de cartões até lavagem de dinheiro com criptomoedas e apostas online.
Uma megaoperação nacional contra um grupo criminoso especializado em fraudes bancárias e clonagem de cartões mobilizou as forças policiais em nove estados brasileiros nesta terça-feira (21). Em Santa Catarina, um homem foi preso em Jaraguá do Sul, no Norte do estado, durante o cumprimento de mandado de prisão preventiva.
A ação faz parte da Operação Código Seguro, conduzida pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) do Mato Grosso e coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Ações simultâneas em todo o país
A operação foi deflagrada de forma coordenada em Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Amazonas, Ceará, Maranhão, Bahia e Paraná. Ao todo, foram 48 ordens judiciais expedidas pelo Núcleo de Justiça do Juiz de Garantias de Cuiabá.
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Entre as medidas cumpridas estão sete mandados de prisão, 15 de busca e apreensão, 15 afastamentos telemáticos, além de bloqueio de sites e canais usados para aplicar golpes. O valor total sequestrado supera R$ 5,9 milhões.
Cidades com mandados cumpridos:
- São Paulo (SP)
- Francisco Alves (PR)
- Fortaleza (CE)
- Riachão (MA)
- Cabo Frio (RJ)
- Jaraguá do Sul (SC)
- Lauro de Freitas (BA)
- Apuarema (BA)
- Manaus (AM)
- Coronel Murta (MG)
Em Jaraguá do Sul, o preso — um homem natural da Bahia — estava morando na cidade há cerca de um ano. Na residência, computadores e celulares foram apreendidos e encaminhados para análise pericial.
Esquema de fraudes virtuais e lavagem de dinheiro
As investigações começaram em 2023, após a detecção de acessos indevidos a sistemas policiais, utilizando credenciais e senhas vazadas. De acordo com os delegados Gustavo Godoy Alevado e Guilherme Rocha, que coordenam a operação, o grupo criminoso atuava em diversas modalidades de estelionato eletrônico.
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Em fases anteriores da operação, foram identificados dois eixos principais de atuação:
- Manipulação de dados veiculares — os criminosos compravam acessos a sistemas restritos para alterar informações de chassis e placas, “esquentando” veículos roubados.
- Fraudes financeiras — o grupo clonava cartões de crédito, vendia dados sigilosos e usava plataformas de apostas esportivas e corretoras de criptomoedas para lavar dinheiro e simular lucros legais.
- Os golpes também envolviam aplicativos de transporte como 99 e Uber e serviços de recarga de celular, como o RecargaPay, usando cartões clonados para obter vantagens indevidas.
Continuidade das investigações
Com as novas prisões e apreensões, a Polícia Civil espera ampliar as provas sobre o funcionamento da quadrilha. Os materiais recolhidos, como computadores, celulares e documentos, passam por perícia digital para rastrear as transações financeiras e comunicações entre os integrantes.
A operação, que já teve duas fases anteriores em 2024, marca um novo avanço no combate às fraudes cibernéticas no país, que cresceram mais de 20% nos últimos dois anos, segundo dados do Serasa Experian.

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