Este editorial foi escrito para os dois jornais: Cabeço Negro e Parole.

Mais um ciclo se fecha e outro logo virá. Esperança de um novo porvir cheio de realizações é o que todos esperam, mas talvez passe muito longe de todos nós a prosperidade esperada.

Novos tempos, velhos problemas. A cada dia que passa nossos direitos constitucionais são subtraídos pelos “deuses de toga”. Nossos representantes eleitos para garantirem o respeito as regras, a Constituição nada fazem, talvez por ignorância, mas em sua maioria é mesmo por falta de honestidade. Enquanto estiver bom para eles nada será feito em favor dos demais cidadãos.

Nesse 25 de dezembro mais uma vez comemoramos o nascimento de Jesus Cristo, o maior símbolo de bondade que já vimos e que conseguiu lutar por seu povo e ser conhecido por toda a terra mesmo tendo vivido em um pequeno pedaço do oriente e sem nunca ter saído de lá.

Triste para todos nós, crentes, é que comemoramos o nascimento do menino Deus, mas já conhecendo o seu destino de sacrifício e morte.

Hoje no Brasil estamos vivendo momentos difíceis, mas precisamos nos adaptar à má sorte ou às mudanças. No exemplo de Jesus buscar sempre uma solução e mesmo condenado não esmorecer.

Feliz Natal e um ano novo com muita esperança é o que a See Jornais deseja a todos!

PALAVRAS por  Ailton Carlos Coelho

Escuridão - Silêncio - Inércia.

Sensações - Somente sensações.

Como um turbilhão, emoções:

Escorrem como rios de lava incandescente;

Deslizam como raios de pura energia;

Totalmente sem controle, sob a pele.

Sensações - Somente estranhas sensações.

Escuridão - Silêncio - Inércia.

Pensamentos difusos - confusos,

Sem ação - reação.

Constatação - Solidão.

Estou só.

A angústia invade a alma.

A dor corrói o coração.

Escuridão - Silêncio. 

Sofrimento - dor - aflição.

Movimentos súbitos;

Desconexos - Incoerentes - Ilógicos.

Forças estranhas, de minhas entranhas.

Movimentos soltos, lançados no espaço.

Passos - Insignificantes passos.

Escuridão - Silêncio.

Deslocamento - Arrasto,

Tresloucado - desvairado.

Amargura - agonia - martírio.

Ação - comprovação.

Luz!

Eu posso ver a luz.

Silêncio

Eu não estou só.

Mas, se existem tantos,

Porque então, me sinto tão só?

Passos - significantes passos.

Encontro - sensações - toque.

Rejeição - frustração - fracasso.

Pensamentos difusos - confusos.

Aflição, agonia, dor.

Um bramido surge da garganta:

"Eloí, Eloí, lama sabactani?”

Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?

Este é o sentimento.

Esta é a dor.

De um monte

Palavras foram lançadas ao mundo,

Como plumas ao vento.

Multidões se maravilharam,

Porque com autoridade lhes foram ditas.

Palavras eternizaram a vida:

Muito além dos montes,

Muito além do horizonte.

Verás minhas Palavras,

Ouvirás minha imagem.

Através da Palavra

A mim verás.

"Pai, nas tuas mãos entrego o meu Espírito".