Vivemos em um país onde a riqueza brota sem que ninguém precise fazer força, mesmo assim somos dotados de força de vontade para buscarmos, através de muito trabalho, ainda mais. Mas na contramão disso tudo os três poderes que mandam, administram este país conseguem gastar mais do que arrecadam e ano após ano deixam a dívida pública, interna e externa, cada vez maior.

O TCU – Tribunal de Contas da União, órgão fiscalizador dos gastos públicos, segundo os noticiários nacionais, chegou ao absurdo de bancar, com nosso dinheiro, dois meses de curso de inglês, para o seu vice-presidente Vital do Rêgo, em Miami nos Estados Unidos. Enquanto esteve em Miami, Vital teria tirado licença do TCU, mas continuou recebendo seu salário de R$41,8 mil.

Não há informações sobre a conclusão do curso ou qualquer diploma ou certificado que comprovem os estudos. Também não foram esclarecidos detalhes sobre hospedagem e gastos, mas o ministro do TCU recebeu de verba indenizatória por suas despesas R$100 mil.

O caso veio a público através do ex-procurador Deltan Dallagnol.

Mas esta é uma pequena cortina de fumaça para o que está acontecendo nos redutos do poder. Inúmeros bandidos, ladrões do erário e réus confessos até mesmo com devolução de valores roubados, estão vendo suas condenações serem invalidadas pelos deuses de toga. Bilhões desviados, roubados, arrancados do povo brasileiro.

Estes mesmos deuses decidem que remédios que não constam da farmácia básica do SUS não podem mais ser oferecidos nem mesmo com ação judicial. Enquanto isso, pessoas morrem nas filas dos hospitais por falta de recursos.

Mesmo com tanta bandalheira, desvios - roubos - apropriações indevidas, conseguimos seguir em frente. O povo humilde tendo através de bolsas família, etc..., uma pequena renda para manutenção de sua inércia, enquanto a classe média trabalha... trabalha... para buscar manter o seu consumismo, deixando-se cegar por palavras e ações nada éticas, e acabam por não ver os que se dão bem com o alheio.

Salários absurdamente altos em alguns setores do judiciário, desvios e falcatruas nos legislativos e executivos, federal, estaduais e até mesmo nos municípios onde cargos comissionados e desvios de função são pagos com polpudas quantias.

Da noite para o dia famílias adquirem milhões, bilhões, como em um passe de mágica, como se tivessem sido ungidos no culto do final de semana e o dinheiro passasse a cair do céu para dentro de sua morada.

E o povo trabalhador?

Pobre coitado, enfeitiçado assiste sem nenhuma reclamação.

Apenas murmura...