PASSANDO A LIMPO

O futuro a Deus pertence?

  

A reflexão sobre a vida, para quem se debruça sobre os anos e as experiências, é inevitável. Enquanto escrevo esta coluna, na quinta-feira, dia 21, ao completar 66 anos de vida e recebia dezenas, centenas de mensagens de felicitações pela passagem de meu aniversário. Todas recheadas de carinho e atenção de amigos, que tornaram meu dia muito melhor. Algumas me chamaram muito a atenção, pelo respeito a mim concedido. E dentro deste cenário tive a oportunidade de me debruçar sobre uma indagação profunda. A expressão popular “o futuro a Deus pertence” carrega consigo uma resignação que, embora confortadora, pode mascarar uma verdade fundamental: o nosso futuro é, na realidade, a soma de nossas ações e escolhas. Aos 66 anos, é possível olhar para trás e entender que não somos apenas o produto do acaso, mas sim o resultado das sementes que plantamos ao longo da jornada. E o que colho hoje, para minha alegria e gratidão, é fruto de uma vida dedicada à retidão. Não me arrependo de nada que fiz, pois as ações moldaram o que hoje sou. O que verdadeiramente lamento é o que deixei de fazer. Essa compreensão de que somos protagonistas de nosso próprio destino é o pilar de uma mentalidade que valoriza o mérito, o esforço e a responsabilidade individual, princípios tão caros e necessários para a construção de um futuro promissor, tanto para a vida pessoal quanto para a nação.

Obras que marcam a história

No campo das realizações concretas, a administração do atual prefeito, Marcelo Doutel, tem registrado feitos de notável impacto que poucos outros políticos conseguiram concretizar. As ligações entre o Centro e o Posto Fiscal, bem como da Rua Ponta Grossa ao Bairro Basílio, não são apenas obras de infraestrutura; são a materialização de um compromisso que muitos tentaram honrar no passado, mas falharam. A eficiência demonstrada na execução desses projetos fortalece a confiança no poder público quando este se mostra verdadeiramente focado em resolver problemas estruturais e em entregar resultados tangíveis à população. Se a gestão Marcelo seguir o planejamento estabelecido, a maior de todas as realizações pode estar a caminho: a ponte de concreto interligando o Centro à Margem Esquerda. Essa obra, se concluída, terá o peso de um legado que beneficiará gerações.

Os primeiros movimentos do tabuleiro político

E enquanto a administração municipal trabalha no presente, o futuro político já está em pleno movimento. A corrida para as eleições municipais de 2028 já começou nos bastidores. O vice-prefeito Jean Benvenutti consolida sua posição, indicando a intenção de seguir o caminho rumo ao cargo majoritário. No entanto, o cenário se mostra complexo e com outros nomes de peso. O empresário Renê Schulz, forte candidato, não se vê em um papel de coadjuvante. Sua posição é compreensível, considerando o legado de seu pai, Roberto Schulz, que deixou sua marca com duas gestões exemplares. A política, afinal, não é um jogo de improviso, mas uma arena onde a experiência e a capacidade de liderança devem prevalecer.

O cenário partidário também se movimenta. O Partido Novo, que em Apiúna não demonstra nada de novo em termos de presença e articulação, busca fortalecer suas bases. Em contraste, o tradicional e bem-estruturado MDB realizou no sábado, 16, uma confraternização que reforçou sua coesão e apresentou oficialmente o novo diretório para o período 2025/2027. O evento contou com a presença de figuras importantes como o deputado estadual licenciado e secretário de Infraestrutura e Mobilidade, Jerry Comper, além do senhor Armando Ferrari, um dos ícones históricos do partido na região.

A nova diretoria, composta por Éder da Silva - presidente, Euclides Pedroso - vice-presidente, Egon Kouda - tesoureiro e Solange Nunes - MDB Mulher, demonstra a força da tradição partidária. A confraternização também celebrou novas filiações, incluindo as de Pedro Berkembrock, Tibério Mutschavski, Paulo Coelho Rodrigues, Terezinha Knopf, Tatiana Foss e Rodrigo Favero. O presidente Éder destacou a importância de manter o diálogo com os membros do partido e com outras lideranças políticas, reafirmando o compromisso de construir um projeto robusto para a cidade.

"Nessa nova gestão vamos articular o projeto Apiúna. Afinal, com MDB, Apiúna pode mais", afirmou.

A atuação do MDB, focada em organização e diálogo, é um lembrete de que a política séria se faz com articulação, tradição e planejamento, elementos que se contrapõem à fragilidade de projetos políticos personalistas.

Fotos Divulgação MDB