PASSANDO A LIMPO

O abismo moral

  

"Imposto não é roubo; é extorsão legalizada. Enquanto o roubo age pela violência momentânea, o imposto age pela intimidação contínua do Estado." Ailton Carlos Coelho


Enquanto o Governo esbanja, SC exige força e ordem

A máquina pública, em todos os seus níveis, parece ter apenas duas marchas: a lentidão calculada naquilo que realmente importa para o desenvolvimento social e a velocidade supersônica quando se trata de gastar o dinheiro do contribuinte em pautas ideológicas e eventos de fachada. Enquanto a base da sociedade luta por qualificação e emprego com iniciativas modestas e eficientes, somos obrigados a assistir, chocados, ao desperdício bilionário travestido de preocupação ambiental, com custos que zombam da realidade de quem paga a conta. É preciso, de uma vez por todas, passar a limpo essa crônica inversão de prioridades.

A farsa climática e o e$banjamento na COP30

O circo da COP30 em Belém está se desenrolando e já é um atestado inequívoco de esbanjamento bilionário e de hipocrisia ambiental, pago, obviamente, pelo nosso dinheiro. Enquanto o contribuinte aperta o cinto, estamos sendo informados de que mais de R$770 milhões de reais são torrados nesta conferência globalista.

O que está sendo visto nos eventos é um retrato do caos da má gestão: relatos de falta de comida forçam convidados a almoçar "sorvete" (o que expõe a precariedez da organização), e a sala de imprensa foi invadida por água, provando que a propaganda "verde" é apenas uma fina camada sobre a infraestrutura decadente.

O ápice dessa farsa é o luxo bancado com recursos públicos. Para hospedar "autoridades", barcos de altíssimo padrão estão sendo fretados, com diárias superiores a R$2.700,00 por acomodação. O caso mais revoltante é o do barco destinado ao Presidente Lula e à primeira-dama, Janja, que exige uma embarcação de apoio para refeições e outras necessidades. Este único barco de luxo tem um consumo de mais de 140 litros de diesel por hora. Sim, o discurso é de "salvar o planeta", mas o transporte das autoridades é movido a diesel pesado, com geradores que também operam a diesel. A hipocrisia é palpável e o cinismo é criminoso.

E o que a agenda "verde" faz com a floresta? Para construir a estrutura, e a estrada de ligação foram desmatados grandes trechos de área verde, em torno de 13km e foram suprimidas 100 ml árvores, contrariando o próprio mote da conferência. Enquanto isso, a capital do Pará afunda nos piores indicadores de saneamento do país, a Ilha de Marajó segue poluída e esquecida, e os banheiros para o público simples da conferência estão sem água.

O caos social segue de perto: a segurança pública é inexistente, com relatos de furtos de celulares e notebooks, e há a sombra de organizações criminosas como o Comando Vermelho ameaçando a tranquilidade. Os valores cobrados pela alimentação são exorbitantes, mostrando que a conferência é um balcão de negócios para poucos, às custas da miséria local e do dinheiro da Nação. A COP30 não é uma solução; é um atestado de desperdício e prioridades invertidas em tempo real.

SC: O passaporte deve ser a força do trabalho

Circulou nas redes sociais a falsa notícia de que seria exigido um "passaporte" sanitário ou ideológico para entrar em Santa Catarina. É preciso alertar o leitor: esta informação é falsa. Contudo, o boato serve para levantar um debate sério: Santa Catarina precisa de um filtro de responsabilidade.

Nosso estado se destaca pela cultura do trabalho, da ordem e da produtividade, e é justo que a atração populacional seja guiada por esses valores. A mensagem para quem pretende se mudar para cá deve ser clara: Se você não tem onde morar e nem emprego garantido, não venha!

Santa Catarina não pode se tornar um destino para aqueles que buscam apenas assistencialismo e que, sem a intenção de trabalhar e contribuir, sobrecarregam a infraestrutura, os serviços públicos e a segurança. Um estado que valoriza o esforço, a família e a iniciativa individual tem o direito de resguardar o bem-estar de seus cidadãos produtivos, coibindo a atração de problemas sociais. Nosso verdadeiro "passaporte" é o trabalho duro e o compromisso com a produtividade. É essa cultura que deve ser defendida e preservada.

O bom exemplo que vem de Apiúna

Em contraste com a megalomania e o descontrole do dinheiro federal, temos o bom exemplo de Apiúna. A parceria entre a Secretaria de Saúde, o CRAS e a Secretaria de Indústria resultou na formatura de 24 alunos do curso gratuito de costura, ministrado pelo SENAI.

Este é o papel que o Estado deve cumprir: capacitação profissional, incentivo à geração de renda e fortalecimento do desenvolvimento local, suprindo uma carência real de mão de obra. O Vice-Prefeito Jean Marcos Benvenutti e as secretarias envolvidas demonstraram o que é gestão eficiente: foco no resultado prático e no benefício direto ao cidadão. Não houve barcos de luxo, mas houve dignidade e emprego. É na simplicidade e na seriedade dessas iniciativas locais que reside a verdadeira esperança de um país que valoriza o trabalho, e não o espetáculo vazio.