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CONVERSA AFIADA

O retrato da Justiça

O que está acontecendo? Estamos literalmente nas mãos de bandidos. O Estado é mesmo o bandido estacionário. Para quem não sabe, a teoria do bandido estacionário estabelece que a origem do Estado “organizado” ou os Governos se originaram em bandidos que deixaram de ser nômades e alinharam sua prosperidade a prosperidade de seus dominados. 

A origem do Estado se deu a partir de sociedades bastante primitivas. Elas eram organizadas em pequenos grupos, com dezenas ou no máximo centenas de pessoas. Todavia, quando os diferentes grupos entravam em conflito, os agrupamentos compostos de caçadores e nômades levavam a melhor no conflito contra os grupos sedentários e agricultores, haja vista que as habilidades desenvolvidas para a guerra são as mesmas necessárias para a guerra. Dessa forma, os grupos saqueados tinham muitos reveses: perdiam animais, comida, imóveis eram incendiados e muitas pessoas morriam.

Ocorre que, aos poucos, os caçadores perceberam que, após uma pilhagem, procurar outros grupos para saquear não era o caminho mais eficiente: o mais vantajoso era pilhar o mesmo grupo. Nesse caso, a pilhagem tinha de ser parcial a fim de manter algum nível de produtividade para esses grupos saqueados. Isso permitia uma estrutura graças à qual o saque poderia ser sempre possível. Nesse caso, o grau de violência empregado passou a ser menor, havendo, portanto, menos mortes, menor perda de propriedades e insumos, etc.  

Essa nova situação, embora degradante, era menos ruim para os próprios grupos saqueados. Afinal, era melhor ser saqueado sempre pelo mesmo grupo, de forma constante e “mais leve”, que por vários grupos de forma irregular e mais violenta.

Ou seja, esses nômades, ficavam com parte da produção das vilas para não matar e dizimar a todos. Assim, deixaram de saquear tudo e levavam parte para não destruir tudo e ter novamente parte no ano seguinte. Exatamente o que acontece agora. Pagamos para o Estado não nos dar nada, apenas para não nos tirar tudo em nome de uma segurança que é retirada por eles mesmos.

E ele (o bandido) está em todos os lugares. Os deuses togados abriram precedentes para outros semideuses em instâncias inferiores. São tantas decisões trágicas ao cidadão comum que é realmente pesaroso redigir estas linhas.

Um dia após milhares de pessoas irem às ruas protestar contra o STF, especialmente, pela morte de Clériston Pereira, Lula indica o comunista Flávio Dino para ocupar a cadeira vaga por Rosa Weber. Dino e Lula andam de mão dadas desde 1989. Lutam pelo foro de São Paulo (isso sim é uma milícia), bem como defendem as teorias marxistas e pautas que não corroboram em nada com a solidariedade humana. Todo marxista é totalitário.

Não bastasse essa afronta e esse recado sobre quem manda neste país, a funcionária pública Kismara Brustolin, juíza da Vara da Justiça do Trabalho de Xanxerê, no Oeste de Santa Catarina, teve um ataque de autoritarismo descarado durante uma audiência. Aos gritos ela exigiu que uma testemunha repetisse a frase "o que a senhora deseja, excelência?". O homem, sem entender, titubeou e ela, então, anulou a validade do seu depoimento ordenando que ele fosse retirado da sala da audiência - que estava sendo feita on line. O advogado timidamente interveio e ela, assim como já aconteceu comigo, mandou constar em ata para que ele pudesse efetivar recurso depois. É bem assim! Não se trata de caso isolado, não!

A justiça está mal das pernas há pelo menos 10 anos, dos quase 20 que atuo. Num dos meus causos, numa Comarca de cidade grande, uma juíza (sem ser misógina) numa audiência de conciliação em que as partes decidiram se divorciar, porém, não concordavam com a divisão de bens, disse que só daria o divórcio a eles se o acordo fosse por completo. Tanto eu como meu colega, advogado da outra parte argumentamos e ela disse que mesmo sabendo que o Tribunal reformaria sua decisão tinha uma opinião formada. Simples assim. Não se trata do jurisdicionado, mas do ego, das experiências e da parcialidade do magistrado com as histórias. É problema psiquiátrico mesmo.

Não devemos politizar tudo, porém, nos dias atuais, a força política, do bandido estacionário, está abrigando todas as esferas e quem detém a caneta experimenta do totalitarismo e de sua soberba o tempo inteiro. Estão nos sequestrando tudo, a alegria, as decisões, o voto... Justiça não tem sido sinônimo de absolutamente nada, apenas da vontade (e não da Lei) do togado. Nos insatisfação e cansaço merecem uma pausa. Temos que nos juntar e nos fortalecer no bom senso, evitando cada vez mais estar com os deuses frívolos que não podem ser comparados à imagem e semelhança Daquele que é Supremo de verdade.

Continuemos...

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