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CONVERSA AFIADA

Cavalo de Troia na porta

 

Cavalo de Troia na porta

A representação do mito grego, narrada na Ilíada de Homero, mostra em uma epopeia exatamente do que vivemos hoje. Veja-se o brilhantismo do principal e o mais antigo mito grego.

Para quem não sabe, no conflito bélico que já durava 10 anos, com muralhas imensas que protegiam Troia, o Cavalo de Troia foi um presente enviado pelos gregos espartanos para os troianos, que supostamente reconheceram a perda na Guerra. O cavalo era grande, oco e de madeira. Dentro dele estavam soldados espartanos que, à noite, saíram de dentro dele e atacaram a cidade, vencendo a guerra contra Troia.

Fantasiosa ou não, a história é citada e usada em muitas situações atuais. Quando o presente não é bom e beneficia quem o deu e não quem o recebeu, o que dizemos? Que foi um presente de grego! Essa é uma expressão enraizada em nossa cultura e é retirada da Ilíada.

Talvez os mais velhos lembrem do vírus que assustava os usuários dos primeiros computadores, cujo nome era “cavalo de Troia” e causava muitos danos no computador. Sim, era assustador abrir um arquivo e descobrir ter sido enganado e destruído os softwares do seu computador.

O significado do Cavalo de Troia é o engodo, a enganação, a cilada, a estratégia astuta na qual se engana o inimigo, iniciando uma infiltração que passa despercebida, até que seja tarde demais para ser evitada.

Na cultura, isto acontece por meio de ideias, teorias, ideologias e leis. Uma sociedade pode aceitar um conjunto de pensamentos como se fossem bons, e então descobrir que seu conteúdo resultaria em consequências prejudiciais.

Ora, ora, veja-se se não vivemos exatamente a narrativa da Ilíada. A política tem mostrado inúmeros presentes de gregos dentro de agremiações partidárias e mais ainda nos que ocupam postos eletivos agindo unicamente em prol de si mesmos.

Não é privilégio de nenhuma das esferas políticas deste país, o cavalo de troia está nos municípios, nos Estados e na União também. Alguns gestores estão e vão continuar pagando um preço alto por ter apostado no cavalo errado. Em alguns meses de atuação isso é bastante aparente.

Em votação na Câmara municipal, alguns prefeitos já puderam lançar a isca para avaliar, não a oposição, mas a situação que contrária a alguns projetos cuja maioria deveria ter demonstrado apoio ao próprio partido colocaram-se contrários. Neste caso, tem parlamentar que ainda não compreendeu que pode haver retaliação do partido. Alguns sequer conhecem o próprio estatuto e a possibilidade de infidelidade partidária.

Alguns políticos são exímios estrategistas, outros são apenas mimados fingindo poder. Muitos trabalham em aparente benefício para a população, mas aprovam e permitem leis de forma a prejudicar a sociedade e os valores, quando examinada cautelosamente e em suas entrelinhas, especialmente para o futuro. O cavalo de Troia, às vezes, usa de palavras suaves e que não apresentam imediatamente o problema que uma lei ou uma decisão vai gerar.

Foram dadas as primeiras cartadas. Troia sucumbiu porque abriu as portas para os inimigos. Mesmo criando muralhas, parece que tem presente de grego ali no meio. Algumas ideias bem-vestidas podem esconder uma estratégia bastante audaciosa e fatal.

Atentem-se!

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