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CONVERSA AFIADA

É fétido

A cada dia ficamos mais enojados com a podridão que aparece em todas as esferas públicas, notadamente, onde sobressai o aspecto político. A política sempre foi tida como um submundo, e não é por acaso. Quando reiteradas vezes, nesta “Conversa Afiada”, falamos do Estado como o bandido estacionário, quando nos debruçamos rapidamente sobre a – ver-da-dei-ra –  história do Brasil, cuja República é fruto de sucessivos golpes, quando temos o Brasil num ranking de estudos com nível muito abaixo da média global, quando temos tantos senadores “indecisos” com a nomeação de Flávio Dino; é claro que precisamos refletir e, mais que isso, tentar fazer abrir os olhos do cidadão de bem que segue passivo.

Muitas vezes a passividade é resultado, exatamente, dessa soma de esforços com o patrono da educação – Paulo Freie, um militante político – para manter a massa inferiorizada e dependente das migalhas e do governo dando a direção as coisas mais básicas da vida e da individualidade do cidadão. É como se o Governo fosse o pai e o cidadão o filho de cinco anos.

Absolutamente nada, em se tratando de política, é voltado à proteção do cidadão, apenas na manutenção do sistema. Nossos Senadores, representantes dos Estados, cuidam apenas de interesses pessoais e não dos interesses dos seus Estados. Os tais indecisos na nomeação de Flávio Dino esperam acordos e negociação de cargos. Sim, é bem assim que funciona. E o navio está afundando em quilômetros de profundidade que não nos permitirá sobreviver ao autoritarismo já existente.

Quando, por exemplo, o Senado aprova uma proposta de emenda constitucional – PEC – para limitar as decisões monocráticas dos Ministros dos tribunais superiores, em verdade, eles mais buscam uma autoproteção que limitar o poder dos supremos em si. Aliás, é preciso observar que o Supremo Tribunal Federal (STF) vem sendo uma ameaça constante a tudo e a todos, inclusive ao próprio PT.

Disto pode-se observar que todos os Poderes precisam ser limitados, pois o sistema de freios e contrapesos está corrompido como tudo neste país. Todos com uma caneta na mão se acham deuses invencíveis. E isso não é diferente nas demais esferas de Governo. Estamos entrando em ano eleitoral, e as disputas seguem acirradíssimas mesmo que invisíveis. As eleições municipais, são maciçamente mais disputadas e ‘violentas’ que as eleições estaduais e federais. O poder das eleições municipais é algo absolutamente ignorado pela população em geral, mas a busca por manutenção de cargos, poder e egos sobressaem até aos salários, pois a influência proporciona muito mais resultado que o salário em si.

Estamos com nossas vidas nas mãos de arrogantes, pessoas com condutas antiéticas e, mais que tudo, rodeados de sugadores e pessoas de má-fé e sem escrúpulos que dominam o sistema político. E o sistema só vai mudar quando a massa mudar.

Vale considerar, como diz Bruno Garschagen, que as virtudes devem ser mais fortes que a lama fétida que tenta enfatizar a necessidade do domínio e direcionamento de governantes. Não é a política (e nem a economia) que fundamentam ou direcionam as virtudes, ao contrário, elas são provas reais de que a retidão requer esforço individual. Então, é preciso considerar que para que o mundo seja virtuoso é preciso, antes de mais nada, a mudança individual. Precisaremos de alguns dispostos e com sangue bem frio para adentrar no lamaçal, pois o mundo podre da política exige (ainda) que se suje um pouco as mãos. Afinal, para entrar num chiqueiro, mesmo que você esteja com luvas e botas, a imundice respinga. Sejamos corajosos, meus caros!

Precisamos salvar nossos filhos do sistema, talvez até mesmo do MEC visto que a geração atual não sabe o básico (comprovadamente). A sociedade está medíocre e a formamos pessoas desqualificadas. Os prodígios não podem ser ocultados pelos analfabetos com ‘a caneta na mão’, e justamente por isso, o Brasil enfrenta uma série de violações de direitos individuais e perseguições numa crise sem precedentes. Vai piorar, mas não podemos esmorecer.

Talvez, muitos sequer consigam entender aos apelos que se buscam nestas linhas, com alguma habilidade e resistência, para levantar a grande massa. Memorizem, escrevam, printem, lembrem-se de que uma atitude vale sim, mais que mil palavras (e/ou posts na rede social).

Não sejam massa de manobra (política). Avante!

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