A qualidade do governo

A qualidade do governo
O Gabinete do 47º Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é marcado por uma característica pouco comum, é formado de bilionários e indivíduos altamente experientes em cargos chave de seu governo.
As notáveis nomeações para seu gabinete, refletem sua continuada confiança na experiência do setor privado e nas habilidades de líderes altamente qualificados.
Não são apenas pessoas muito ricas, mas com sucesso e com uma vasta experiência profissional. Esta combinação de experiência do setor privado e fortuna pessoal foi vista como um ativo para realizar reformas e administrar o país com uma abordagem de negócios que só faz prosperar.
Aqui, no entanto, somos sacrificados com uma larga diferença entre os Ministros do Governo Bolsonaro e o Governos Lula. Durante os 4 anos de Bolsonaro, a maioria (ou todos) os ministros foram escolhidos por suas áreas de atuação e experiencia profissional, seguindo essa tendencia curricular e com habilidades técnicas. Já, no atual governo que temos Haddad, ou seja, escolhas meramente políticas.
Não raro o mesmo acontece em nossos Estados e municípios. E claro, não podemos deixar de observar que o Governo do Estado acabou de fazer exatamente isso, alterou seus Secretários por apoio político. É uma prática comum, contudo, nem sempre reflete as necessidades para que a engrenagem do estado funcione, especialmente porque alguns setores realmente requerem uma ótica muito técnica.
O resultado disso: crises institucionais e, evidentemente, um legado de escassez para os cidadãos, pois a gestão falha se traduz em serviços públicos defasados e medíocres. Políticas públicas equivocadas ou inexistentes.
É claro que há gestores públicos de sucesso, aqui próximos, que lidam com a gestão pública como uma empresa (que realmente o é). Normalmente, empresários na política funcionam bem. Quando um gestor se preocupa e tem cautela com o dinheiro público o resultado toma a forma de sucesso como, em nível, internacional vislumbramos com a vizinha Argentina e com resultados mundiais pelos EUA.
É preciso compreender que nossas pequenas cidades, são pequenos Estados, e que nossos Estados são pequenos países. A rede mundial agrega a todos. Tudo reflete em tudo. Tudo está em tudo.
E é claro que, quando lidamos com a política, estamos realmente falando de um solo fértil que tem gerado muito mais ervas daninhas para a maldade, pois a dinâmica para privilégios próprios e corrupção que muitas vezes está disfarçada de bem. A compreensão sociológica é de que nem tudo que e legal (da lei) é moral, tem-se que o ser humano está muito, muito voltado ao bel prazer, ao status e ao poder dos cargos.
Tanto lá, no Governo Federal, como aqui, em nossos municípios, é preciso estar atento aos gestos e atuação que refletem mais que discursos preparados por assessores de imprensa. E por isso, nesta conversa afiada, sempre focamos em identificar as ideologias pelo que elas realmente são, não direita ou esquerda, pois um conservador não é um liberal, assim como um social-democrata não é um socialista ou um progressista não é um populista, portanto, direita e esquerda não conseguem abranger essas ideologias todas. Mas a diferenciação dessas ideologias, em verdade, deve ser vista nas ações de cada político.
Lamentavelmente o mal se instala em órgãos oficiais (aqui inclusive no Judiciário, um pouco mais distante até mesmo na ONU) porque as pessoas estão cada vez mais longe da moralidade (e do conservadorismo) deixando a perversidade, a ganância e o caos se instalaram por mera ganância de poder (não é nem mesmo questão de dinheiro). O resultado de nossa política e políticos é uma desordem moral na lama humana que rejeita estruturas éticas.
Foi exatamente por isso que a ditadura militar de 64 ganhou adeptos, porque ao mesmo tempo que era autoritária era racional e entendia que o povo não sabia escolher governantes e os escolhidos não sabiam governar e somado com o inimigo comum do comunismo, aconteceu.
Sem adentrar no mérito ditatorial e de violência, verdade é que o militarismo entendia que devia organizar o país e em 1989 elegeu dois advogados indiretamente para a Presidência, numa transição totalmente meticulosa. O ‘diretas já’ também foi produzido. Ou seja, o Estado sempre teve essa dinâmica de exercer dupla influencia: político-econômico e formar o imaginário popular com artistas e imprensa.
O Brasil brinca com as emoções e mistura o imaginário do povo para perpetuar no no poder e para tanto, esquece-se da única função que é organizacional. Lula, colocou o Estado a serviço do PT e por isso não precisa entregar qualidade ou tecnicidade em sua governabilidade.
A única coisa facilmente visível é que a qualidade do governo brasileiro está abaixo de qualquer linha de mensuração com promessas de impeachment. Contudo, como se diz, para apagar o fogo é preciso que o leite ferva. É preciso que Lula chegue ao final de seu mandato para que nunca mais consiga qualquer estágio dentro do Governo.
A qualidade de qualquer governo começa pelo povo (você e eu).
Sigamos.
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