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CONVERSA AFIADA

O mundo ou as famílias às avessas?

“A dor faz parte de nossa agenda de evolução.” Divaldo Pereira Franco

Duas semanas muito difíceis para qualquer pessoa de bem. O ataque à Creche de Blumenau foi um golpe muito grande em toda a região do Vale Europeu, pois apenas ouvíamos falar. A cidade de Saudade, mesmo em Santa Catarina, fica distante, mas também aconteceu lá em Goiás, lá em São Paulo, lá em Manaus. Tudo tão longe, mas todos contra crianças, adolescentes e professores. Pessoas como nós, filhos e netos de pessoas que tem o mesmo amor do que nós.

Não importa onde tenha ocorrido, é estarrecedor que a humanidade não tenha evoluído nada. O mal em sua versão mais cruel. Fiquei reflexiva por dias, porque estávamos no advento da Páscoa. Sou cristã. Entrei num debate moral interno. Para mim, nestes dias, estaria valendo a lei de Talião... Olho por olho, dente por dente. E aí, olhando a paixão de Cristo, me senti pequena, me senti criminosa. Sim, escolhemos Barrabás e escolheríamos novamente. Há muita violência em todos os humanos. Tivemos pouco avanço moral desde a vida de Jesus Cristo, aquele que veio para ser nosso modelo e guia moral.

Mas o que está acontecendo? É evidente, a certeza da impunidade é tão óbvia que adolescentes e adultos continuam a promover ataques contra os mais frágeis, contra os mais puros, contra o que nos é o futuro. Estão todos amparados pelo “não tenho nada a perder”.

Esse pensamento banal e mortífero se dá porque não tempos mais contato com a moralidade, com os valores e princípios que nos fazem solidários e amorosos. Nosso amor primeiro é familiar e aqui reside o grande desafio dos novos tempos: a vida em família.  

A relativização dessas atrocidades faz com que adolescentes fiquem promovendo jogos da morte, faz com que pedófilos sejam tratados com docilidade. O MST que deveria ser tratado como grupo terrorista é endeusado pelo Governo Federal e já prometeram um abril vermelho com mais e mais invasões.

O que é isso, minha gente? A quem interessa essa baderna e essa falta de segurança pública?

Muitas vezes, nesta coluna, nos posicionamos no sentido de que cabe ao Estado (entendam aqui União, Estados e municípios) deixar as liberdades individuais e cuidar da segurança pública, de interesses da coletividade sem ferir a autonomia dos particulares.

Quando o Estado foi tomando para si decisões de toda ordem na vida particular, as pessoas pararam de se responsabilizar por suas próprias vidas e escolhas. Estão todos perdidos esperando o “papai” Estado ditar a ordem.

O Estado quer nossos filhos para si sob o pretexto de cuidarem deles, nos proibindo de ensinar em casa. Então os mandamos para a escola e a escola quer aumentar o tempo (período integral), sem segurança e com militância.

O argumento?

Respeito à diversidade.  Porém, quem decide a diversidade, normalmente é um sociopata que proibi qualquer menção ao cristianismo, aos valores morais, deturpando a laicidade do Estado, ao mesmo tempo que impõe conteúdos nos teores de gênero.

Aliás, sobre o Estado ser laico, importa dizer que isso significa apenas que todas as religiões são recepcionadas pela constituição Federal. Eu escrevi TODAS, não aquelas que o professor de esquerda decidir.  

O pior de tudo, a escola virou o acesso à pornografia, drogas, sexualidade precoce. Mas, quem está errando? Lamentavelmente, a resposta é: NÓS mesmos. Porque por mais que os governos tentem dominar, nós podemos fazer a diferença, mas estamos abdicando de nossa prerrogativa de ser família. Nós somos pais e mães que temos o DEVER de nos comprometer com a escola e com a sociedade e, especialmente, com a própria família. Não podemos ficar esperando. Não podemos lavar as mãos como Pilatos.

Qual a direção que queremos para o futuro?

Muitos jovens envolvidos nessas tragédias, para não dizer, a totalidade, estão envoltos em ausência familiar. Estamos abrindo mão da família para correr atrás de dinheiro, de status, fazendo escolhas erradas pondo fim a nossa “célula matter da sociedade”: a família.

Só há um caminho: assumirmos a responsabilidade. Assim como no corpo humano, a célula familiar saudável gera uma sociedade estruturada. Se a célula está em erro, em local inadequado, cresce o câncer. A família constitui a sociedade. Se não aprendermos pelo amor, será pela dor.

Eu rogo que cada um assuma sua base e fortaleça o bem e o amor.

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