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CONVERSA AFIADA

Nada é tão ruim que não possa piorar

Estamos passando por tantos absurdos em nível nacional que é difícil eleger um tema para a conversa afiada. Mas vamos lá, não podemos negar a falência do Judiciário que aponta uma crise sem precedentes com arranjos que quando tocados resultaram em muitas coisas que estão acontecendo exatamente hoje.  

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal - STF, Enrique Ricardo Lewandowski, deixou a Corte Suprema por pedido antecipado de aposentadoria que seria compulsória a partir de seu 75º aniversário no mês de maio. Que altruísta! Vamos além.  

Agora tudo leva a crer que a vaga será indicada ao brilhante advogado, aquele que fez o Ministro Gilmar Mendes (também do STF) chorar suas lágrimas de crocodilo, Cristiano Zanin. O advogado que usou todas as artimanhas jurídicas e processuais que colocaram Lula novamente no comando do país.

Lembremos que Gilmar Mendes é o ministro que chora por um advogado que faz seu serviço no uso adequado de leis confusas e de autofagia. Porém, Zanin não só deixou o Ministro emocionado como lhe arrancou elogios. Gostaria de saber quantos colegas advogados conseguiram esse êxtase.

Verdade é que tudo o que se revela é uma Corte Suprema com a imagem de total descrédito a população. Honestamente de parcialidade. É o que temos visto dia após dia. Tudo escancarado. Tudo pelos amigos dos amigos de meu pai. Aliás, quem não lembra que o amigo do amigo de meu pai, também Ministro do STF, Dias Tóffoli?

Ladeira abaixo na moralidade em todos os níveis, o Brasil segue na maior simbiose de falsos catedráticos no judiciário, e pior, com o apoio da OAB.

Lewandowski retornou à advocacia sem qualquer impedimento. Registre-se que um magistrado fica impedido de advogar por 3 anos no mesmo juízo onde foi juiz, inclusive essa previsão está na Constituição, mas para os Ministros da Corte Suprema não há qualquer barreira. Claro que jamais ousaríamos a imaginar qualquer tráfico de influência, né? Ou mesmo qualquer desrespeito à Constituição que já não estejamos habituados.

Continuemos em nossa divagação. Após desbaratarem uma orquestra do PCC, que é a maior organização criminosa do país, tipo a CPX, e que não podemos ligar à alma mais honesta deste país e nem ao seu partido (PT), para matar o Senador Sérgio Fernando Moro, magicamente apareceu uma gravação em que o Senador menciona a venda de habeas corpus por Gilmar Mendes e imediatamente a Procuradoria Geral ofertou denúncia contra o Senador.

Faz muito tempo que larguei o Direito Penal, mas a calunia, imputar falsamente um crime a alguém, é crime de ação penal CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO. Aliás, decisão do próprio STF: “Os crimes contra a honra de funcionário público, por fato relativo ao exercício de suas funções, se processam por ação penal de iniciativa pública (condicionada à representação do ofendido) ou privada, conforme opção do sujeito passivo (Súmula 714 do STF)”.

Talvez haja realmente a representação do Ministro Gilmar Mendes para se prosseguir com a ação penal, já que o Ministro anda tão tocado até por peças básicas que nós advogados fazemos todos os dias. Modéstia à parte, já fiz peças que se Gilmar Mendes tivesse lido ele iria chorar por semanas a fio.

O país é mesmo um lugar do “um peso e muitas medidas”. Quando o ministro Barroso (também do STF) disse que “Eleição não se ganha, se toma”, absolutamente nada aconteceu.

Precisamos estar atentos que não estamos vivendo dias pacíficos ou democráticos. O Senador Sérgio Fernando Moro está sendo perseguido porque o próprio Ladrão disse que queria vingança e disse que o Senador teria até mesmo armado com o PCC. Lula e STF são a comunhão perfeita entre a fome e a vontade de comer. Tudo iniciou no inquérito das fake News, tudo leva ao Senador Moro que foi o precursor da Lava Jato que trouxe à tona a maior iniciativa de combate a corrupção e crimes de colarinho branco deste país.

Os ataques à democracia vêm de cima! Estejam certos, tudo se encadeia como uma trama de novela, mas é a vida real. O grande crime de Sérgio Moro foi desafiar o sistema. Nada é tão ruim que não possa piorar. Mas seguiremos!

Agora a resistência somos nós.

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