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CONVERSA AFIADA

O Mimimi Moderno

O politicamente correto simplesmente é muito chato e trará consequências patológicas, dada a fraqueza de personalidade que estamos formando. A sensibilidade que amputa a realidade para suavizar ofensas DIRECIONA O MUNDO PARA O RALO.

As pessoas estão usando todas as suas imperfeições físicas e até morais para estagnar na sua própria evolução porque qualquer menção é ofensiva e machuca sua alma. 

Sobrou até para a Branca de Neve, que não terá mais os seus anões porque a comunidade de nanismo (não se pode mais falar anão) sente-se ofendida. No lugar dos anões teremos criaturas místicas, porém, corremos o risco de a comunidade mística também se ofender no ciclo vicioso de minorias que precisam desesperadamente de atenção. 

Isso também aconteceu com a Pequena Sereia, igualmente filme da Disney, em que a sereia é negra nas águas da Normandia. Não fosse por sabermos que se trata da pauta progressista não haveria, certamente, qualquer clamor.

As críticas sobre o tema, giram em torno de a Disney ter alterado a personagem que, de 1837, era descrita: "Eram seis lindas crianças e a mais moça era a mais encantadora. Sua pele era clara e delicada como uma pétala de rosa. Seus olhos eram azuis como um lago profundo." 

Ora, quem conhece os personagens animados DA Disney sabe que a Pocahontas homenageia os índios americanos, portanto, jamais poderá ser loira; Mulan é Chinesa e vive lá, portanto, seus olhos serão puxados, Tiana é uma negra estadunidense com características peculiares da nacionalidade; Jasmine é do Oriente Médio com olhos amendoados, cabelos negros e pele parda. 

Talvez devamos nos preocupar mais com a mensagem da história do que com a cor da personagem, porém, quando o autor descreve sua obra há um porquê de assim o ser. Além do estado de ânimo, sua ideia é voltada a um local com características próprias. Ariel, a sereia, tem os cabelos vermelhos no estereótipo escandinavo de descendentes germânicos, ou seja, traços naturalistas, por isso, descrita e desenhada como a conhecemos: caucasiana e ruiva. 

Lamentavelmente, assim como aconteceu no Twitter, o Google também está na pauta progressista do politicamente correto e a pesquisa de características físicas não se apresenta mais. Eles acreditam que inclusão é dizer que somos diversos e isso basta. 

Além do mais, não bastasse as alterações nos filmes, as editoras estão literalmente mudando a ideia do autor. Nas novas edições dos livros — inclusive no clássico ”A Fantástica Fábrica de Chocolate” — as referências a gênero, aparência e peso dos personagens foram apagadas ou modificadas. Lembram que a própria bisneta de Monteiro Lobato que ainda vive com royalties de sua fortuna disse que o bisavô era racista?

O criador do Sítio do Picapau Amarelo também foi CENSURADO. Diversos termos considerados racistas foram retirados de seus livros, em uma revisão conduzida pela bisneta do autor.

Nessa linha, hoje temos pílulas diárias de abstração de verdades e costumes para não ofender ninguém. Estamos criando pessoas fracas que começam as psicoterapias com menos de 18 anos.

Não se comemora mais o Dia dos Pais ou das Mães na escola, mas o Dia da Família, como se qualquer pessoa que estivesse ali, realmente tivesse nascido do repolho como acreditávamos quando éramos crianças. Ah, mas o pai abandonou. Talvez, ou quem sabe a mãe seja alienadora. Ah, mas quem cria é a vó. Amigos leitores, vou contar uma coisa que talvez deixe vocês chocados: um ser humano, para nascer, precisa essencialmente do óvulo  da mulher e de um único espermatozoide de homem.  Então, por mais difícil e trágico que seja a ausência física de um ou dos dois genitores, temos um pai e uma mãe que nos deram a vida. O resto teremos que fazer sozinhos mesmo. Nossa jornada é solitária! 

Aliás, falando em vida lembro que a morte que é uma situação fática e certa (que se não fosse redundância, diria “certeza absoluta”) que ocorre na existência humana, a Páscoa, que é o momento de maior reflexão aos cristãos, pela paixão e morte de Jesus, também não será abordada na escola porque pode ofender alguma religião diversa desta crença. Os idealizadores das novas diretrizes estão esquecendo que também deixarão filhos e que irão morrer. Qual o seu legado? Qual o impacto dessa pressão moderna para fingir se importar com minorias para agradar eventuais eleitores? Porque o Estado somente se preocupa em crescer e manter o poder e o controle. Temos que organizar a sociedade para gerações futuras. e o viver agora, precisa ser na vida real.

O respeito se aprende vivenciando coisas que talvez não entendamos e até não gostemos muito, por isso, as catástrofes vem ocorrendo, para aprender na marra! Mas deixar os costumes e tradições de cidades como as nossas porque no final de cada frase esteja a palavra inclusão e diversidade sob pretexto de não ofender, criará pessoas que, na vida adulta, ao primeiro choque da realidade serão lançados ao prozac. 

É preciso voltarmos à realidade. Ela não é fácil, mas é ela que molda o nosso caráter! Mudar obras antigas que retratam realidades da época ou deixar de lado comemorações contumazes não fortalecem nada, nem culturalmente e nem do ponto de evolução e crescimento humano, só mostra um mimimi moderno.


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