Além do mais básico e essencial na existência que é a vida, seus pais, durante toda sua infância protegeram você. Até mesmo os que abandonaram, o fizerem por amor. O amor é complexo, mas a família é essencial, é, literalmente, o início. Você nasceu! Isso, por si só já merece eterna gratidão.
Pai e mãe tem o dever de criar, de educar, de gerar valores e princípios, de prover, sustentar e tudo isso requer controle e pulso firme. Criar adolescentes então é um período turbulento. Às vezes, nós, pais, falhamos.
Assunto desta semana foi o escárnio revelado por Larissa Manoela contra seus pais. A menina chocou o Brasil dizendo que seus pais controlavam tudo inclusive a compra de um milho na praia. Mais uma narrativa levando a massa a acreditar e lutar contra a família. A mim, me parece péssima atriz. Nos doze minutos de reportagem facilmente se observa a criação de uma estória.
Frases feitas e pensadas para usar como prova (aqui o olhar da advogada é bastante crítico). Lembram do ‘Fishing Expedition’ vistos em muitas ações penais irregulares e ilegais em casos políticos? O mesmo acontece aqui. Procura especulativa para acabar com uma sociedade que dava certo e ao que tudo indica estava corretíssima do ponto de vista societário. Mas, o mais chocante é acabar com uma relação familiar. O controle parental é necessário para não criarmos mais essa geração de inúteis. Aliás, crianças não gerenciam negócios.
Até o ano passado, ou seja, durante 18 anos de carreira os pais foram essenciais. Se ela começou a carreira aos seis anos de idade, imagina-se que toda a formação: escola, teatro, inglês, dança, lazer, comida, foram devidamente pagos e bem geridos por quem tinha o dever legal (na lei) de o fazer: os pais.
Isso, não descaracteriza que agora, em sua maioridade, ela assuma seus contratos e o próprio dinheiro. Porém, chama atenção a menina macular a imagem daqueles que a fizeram e tornaram Larissa Manoela na gigante que é. Ela chegou onde chegou porque os pais administraram muito bem sua vida e suas empresas.
Questões societárias são complexas, reduzir a uma narrativa de uma menina de 22 anos em estado de paixão é bastante perigoso. Auditoria está sendo feita, levar isso à rede nacional é leviano, baixo e desleal. Apresentar pais abusivos ou tóxicos é de total incoerência.
Gestão de carreira pode ser assumido por ela, contudo, sozinha é impossível. São muitas variáveis e para ela ser atriz é preciso que alguém possa bem gerir todo o resto. Ou é artista ou é gestora, os dois, ao mesmo tempo, são incompatíveis.
Uma carreira como a da mocinha precisa, indiscutivelmente, de um bom corpo jurídico (advogados), gestor financeiro (economista e contador), assessoria de marketing, assessor de comunicação, relações públicas e, claro, o ingrediente mais que especial: maturidade.
Temos exemplos fantásticos de famosos que tiveram e ainda tem pais como seus administradores de carreira: o menino Neymar e Sandy e Júnior, por exemplo.
Cuidar do seu dinheiro próprio é bom, mas é preciso se cercar de pessoas habilitadas quando a carreira toma proporções tão grandes.
A menina admitiu, em rede nacional, que existem três empresas, uma holding onde até março ela detinha 33% (portanto, partes iguais), uma empresa de Larissa e uma terceira empresa onde as cotas eram divididas: 49% para o pai, 49% para a mãe e 2% para Larissa. Mostraram recortes editados de uma vida e de uma sociedade de 18 anos.
Dizer que são pais tóxicos ou narcisistas é discurso de gente que não tem a menor noção do cuidado a um filho. Temos ali uma combinação perigosa: família e sociedade raramente dão certo. Mas se acharmos que isso é narcisismo, o que falaremos dos pais que colocaram suas filhar para concorrer num concurso de ‘bambinas’ aqui em Ascurra? E de tantos outros que colocam suas filhas para fazer publicidade em tenra idade para marcas de roupas e deixam seus books fotográficos em agências de talentos?
Talento sem direção morre. Sucesso é uma construção longa. Dinheiro sem amor é incapaz de preencher o coração. Vida sem família é negar a própria existência. Existe uma intimidade entre pais e filhos que jamais poderá ser quebrada, ainda que os filhos se rebelem. Colocar os pais como predadores de sua própria descendência é uma maldade sem igual.
Atrizes, jornalistas e políticos são pessoas treinadas para falar e criar narrativas... definitivamente, na Globo, eu não acredito! Uma reportagem cheia de drama explorando o que o povo mais gosta: treta.
Lembrem-se, roupa suja se lava em casa. Gratidão é tudo e investir moralmente na educação dos filhos é urgente.
Jamais diminua seus pais.
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