Quando se fala em beleza, imediatamente vem a mente a beleza humana e a arte. Beleza é algo que nos inspira, que nos é aprazível. Pela beleza se evocam sentimentos e emoções, que nos impacta a contemplar.
Os gregos entendiam que o equilíbrio das formas, pensado de uma maneira matemática, era sinônimo de perfeição e seria considerado algo esteticamente belo. Claramente focavam na beleza humana com traços das ciências exatas. Convenhamos que olhar pessoas com proporções ideais nos provoca sensação de bem estar. Inclusive o homem Vitruviano, de Leonardo da Vinci, foi inspirado num militar no período de ideais filosóficos, morais e estéticos que valorizavam o ser humano, não apenas em proporções ideais, mas na forma mais salutar a própria vida (saúde mesmo).
No que diz respeito a arte, podemos imaginar qualquer coisa que seja prazerosa, uma paisagem natural ou até mesmo um restaurante. Um restaurante com boa decoração nos proporciona mais agradabilidade que um local descuidado, não é mesmo?
E, veja-se que ordem não significa belo. Senão a sessão de arroz empilhadinha no supermercado seria belo, mas é só organizado mesmo (em que pese, eu prefira um local organizado também). As montanhas, as lagoas e as florestas são belas, apesar de nascerem de forma tão espontânea. A natureza tem presença em si mesma e é reconfortante para nós. Então o belo é algo harmonioso sim, mas muito mais que isso, é algo que imediatamente nos cause boa sensação.
Quantos de nós caminhando pela cidade, diante da sujeira nas calçadas, dos matos crescidos em terrenos baldios dizemos ‘quão horrorosa está essa cidade”, tão suja! Se existe algo que tem uma beleza tão subjetiva ao ponto de absolutamente ninguém achar aquilo bonito, é por que não me parece que isso é lá tão subjetivo assim, isso é objetivamente algo feio, tosco e ruim. Então a beleza não é algo subjetivo ou relativo. Não depende de quem olha, não. E algo que traz reconhecimento imediato, quase que da natureza humana.
Busque uma cultura que não tenha suas grandes obras, que não preste atenção em proporções, harmonia, ajuste de cores ou que não tenha um lugar de reverência para o que é sagrado e elevado. O problema é a existência de uma classe política que busca enfraquecer ainda mais os seres humanos que tem preguiça. Se transformou tudo em relativo (e esse relativismo só tem um lado).
Importa observar que todos os temas da vida são complexos e caminham em diversas passagens. Falar em beleza impõe compreender que ela está contida em tudo e muito no dia-a-dia, no nosso cotidiano.
Criou-se a geração da desconstrução. A tal geração do ‘quebrar padrões’. Quebrar padrões nada mais é que negar o belo é ir contra a natureza humana. E algo que terrivelmente vem acontecendo no mundo hodierno é o politicamente correto. Há uma tentativa de diluir as diferenças dos gêneros e transformar homens em caricaturas. E se você não achar isso belo e ‘natural’, você é preconceituoso.
Vivemos um momento da humanidade ‘moderna’ em que a masculinidade é taxada de tóxica, de má, de ruim (o contrario do belo e da beleza). Há uma enorme campanha contra a masculinidade. E assim, estão transformando homens em uma polêmica que deve ser combatida. Homens estão pitando unhas, usando maquiagem e vestindo roupas femininas. Não se trata de se estimular sensibilidade na tratativa de homens com mulheres, mas de efeminar homens.
A nova geração é levada ao desprezo em relação à biologia, e ao conformismo de ser o que se é sem a busca e esforço para melhorar em algum sentido. Destruir padrões para não evoluir enquanto ser humano. Critica-se o homem por ser homem, tratar o obeso com as cautelas decorrentes da doença é gordofobia, empoderar mulheres para que se pareçam com homens é decorrência de tudo isso.
Nega-se que um homem tenha que ter força. Mas, o que se espera o comportamento masculino que não a firmeza e a capacidade combatente? A beleza do homem reside em sua força (não estupidez). Café deve ser preto, forte e sem açúcar! Assim como a beleza da mulher consiste em sua feminilidade, sensibilidade, delicadeza.
Beleza é expansão e é impossível ser indiferente a ela. Verdade é que o que é belo nos agrada, uma coisa pode ser mais bela que outra, mas, sobretudo, a beleza existe e não pode ser desconstruída!
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