Durante a semana vimos e vivenciamos muitas, mas muitas, situações paradoxais (para não dizer outra coisa que me vem em mente, mas que poderia parar no crivo dos censores). Vamos enumerar algumas:
- O pai dos pobres ficou toda a semana após “vencer democraticamente” a eleição numa mansão no Sul da Bahia cuja diária é de R$600 mil reais. Tudo bem, quem paga é o um dos amigos do amigo do meu pai. Faça o que eu digo, não faça o que eu faço.
- Guilherme Boulos, já detido por incitação à violência e invasão junto do MTST, é confirmado na equipe de transição do governo na área de Cidades e Habitação. Sim, um invasor cuidando da habitação.
- Aloízio Mercadante, investigado na Lava Jato e que tentou calar a delação de Delcídio do Amaral com uma proposta financeira e com um lobby junto ao STF (2016), também faz parte da equipe de transição.
- A ‘nova’, ou melhor, ‘velha’ gestão quer criar 13 ministérios e inflar ainda mais o Estado que já busca retirar o teto de gastos. O teto é o que indica o poder de endividamento do Governo como uma âncora fiscal, a fim de não gastar mais do que se arrecada. O PT busca uma PEC de ‘transição’ de 200 bilhões de reais. Você sabe de onde virá esse dinheiro, né? Do meu e do seu bolso. A arrecadação de qualquer Governo se dá por tributos, empréstimos em bancos (endividamento dos Governos como por exemplo junto do FMI) e imposto inflacionário. Não existe picanha grátis! E qualquer nova tributação será apenas para pagar os gastos do governo com o próprio governo e não para reverter em favor da população.
- A censura continua e o Judiciário está legislando, executando e decidindo ao bel prazer.
Não bastasse todos os antagonismos da semana, verificou-se, por informações tiradas do próprio site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que 144 urnas tiveram 100% de votos para Lula, o que realmente é ultra estranho, repito, dados que são públicos e do próprio TSE.
Marcos Cintra, economista renomado com especializações em Harvard e professor FGV (uma das maiores universidades do país), que foi vereador, deputado federal, secretário da Receita Federal do Brasil e candidato a vice presidente nesta eleição, na chapa da candidata Soraya Thronicke, teve suas redes sociais suspensas e uma intimação para prestar declarações na Polícia Federal por ter feito o seguinte post:
“E as urnas, TSE? Tenho razões para não concordar com Bolsonaro… falta de preparo e de cultura, baixa capacidade de liderança, e comportamento inadequado para presidir um país como o Brasil. Mas as dúvidas que ele levanta sobre as urnas merecem respostas. Verifiquei os dados do TSE e não vejo explicação para o JB ter zero votos em centenas de urnas. Ex. Roraima, e em São Paulo, como em Franca, Osasco e Guarulhos. Quilombolas e indígenas não explicam esses resultados, sob pena de admitir que comunidades foram manipuladas. Há outras centenas, senão milhares de urnas com votações igualmente improváveis. Curiosamente não há uma única urna em todo o país onde o Bolsonaro tenha tido 100% dos votos. E se há suspeita em uma única urna, elas recaem sobre todo o sistema. Acredito na legitimidade das instituições. Não admito que o TSE seja cúmplice, no caso de descobrirem algum bug no sistema. Mas sim, se tornará cúmplice se não se debruçar sobre esses fatos e esclarecer tudo. Independentemente de qualquer outra consideração ou preferência política, a preservação das instituições democráticas exige respostas convincentes. Caso contrário estarei sendo forçado a reconhecer a validade dos pleitos por voto em papel. Tivéssemos registros em papel, sem prejuízo das vantagens da digitalização dos votos, estes casos aparentemente inexplicáveis poderiam ser rapidamente descartados, evitando as dúvidas sobre a integridade do sistema que estão se avolumando. São dúvidas legítimas. Qualquer cidadão, como eu, tem o dever de exigir esclarecimentos das autoridades competentes para preservar a democracia e a legitimidade de nossas instituições. Quero ardentemente acreditar que haja explicação convincente.” (Grifei)
Essa manifestação em rede social foi tratada como ataque às instituições e ao Estado Democrático de Direito e inclusive na decisão é tratada como crime eleitoral (definitivamente não existe esse tipo penal previsto na Lei eleitoral). A decisão de Alexandre de Moraes decidiu tratar-se de conteúdo falso e baniu o professor e mestre em economia, Marcos Cintra, das redes sociais.
Ou seja, questionar virou crime. Pensar virou crime. Pedir esclarecimentos a quem deve prestá-los não pode ser feito, inclusive com dados do próprio Tribunal questionado. Significaria dizer que um estudante não poderia questionar ao professor sobre o tema da aula se tivesse ficado com alguma dúvida.
Os infaustos trocam favores, brindam com nosso dinheiro e, simplesmente, decidem com base no que pensam partidariamente. Nossa democracia agora é: não contestar, não ter dúvidas, não discutir e logo, reverenciar. O PT junto com o ativismo judicial é assassino de reputações, é assassino de uma nação e pior, assassino de esperanças.
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