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CONVERSA AFIADA

Demitides!

E Deus criou, pois, o homem à sua imagem e semelhança. Semelhante, não igual, especialmente no que se refere à inteligência.

Em Videira, pouco mais de 240 km de nossas cidades, um colégio Católico demitiu uma professora por ensinar linguagem neutra em sala de aula. A professora de língua portuguesa tentou lacrar e ensinar uma linguagem que não é o vernáculo definido no artigo 13 da Constituição Brasileira.

Parece mesmo que ninguém mais respeita a nacionalidade e as leis, especialmente a Constituição deste país. Linguagem neutra não é língua portuguesa! Não é gramática e não está (ou não deveria estar) na grade curricular de nenhuma escola.

A professora foi filmada por um estudante, razão pela qual a direção da escola tomou as devidas providências.

A fala da professora na filmagem diz o seguinte: “se você fosse uma pessoa não binária, uma pessoa que é homossexual, e te ofendesse com o ‘todos’, porque o todo não abrange o seu tipo de gênero então você teria que engolir o ‘todos’. Então a gente tem que entender pela ótica de uma pessoa que não é heterossexual”.

Só nesta oração é possível verificar que não há qualquer contexto gramatical respeitado nem na fala da professora de língua portuguesa e, definitivamente, língua portuguesa não é linguagem neutra.

Para falarmos da linguagem, é preciso entender que linguagem é o meio de comunicar ideias, sentimentos e emoções. Pode ser sonora, gráfica, gestual e não, necessária ou unicamente, verbal. Também se entende que o costume promove influência na fala, porém, a gramática estabelece padrões e regras que para a comunicação social de maneira comum em sociedade e, na escola, a língua portuguesa é o estudo destas regras.

A linguagem neutra é uma estratégia político-ideológica que busca excluir o uso do masculino e do feminino da linguagem falada e escrita para acolher e incluir pessoas não binárias. Não está focada em dinamizar a fala ou criar novos critérios de evolução da língua. É apenas política.

Pessoas não binárias são pessoas que não se sentem nem homem nem mulher.  Ao se olharem no espelho não se enxergam ou se sentem nem masculinas nem femininas e não querem ser tratadas pelo gênero biológico. E o que isso tem a ver com a gramática? Nada. Mas eles, ou ‘elus’ não querem ser chamados de ele ou ela e se sentem ofendidos se assim lhe são dirigidos (eu voto pelo uso do tu, já parece neutro né?). Sim, estamos no mundo dos melindrados. Tudo ofende, mas ofende para gerar dinheiro com ações indenizatórias. Aliás, para isso temos um nome próprio, né? Ou agora, um nome social. Chamar pelo nome está ótimo, não? Não! Não basta! Exatamente isso que a professora explicava quando ensinava o uso do ‘todes’.

Veja, que não estamos criticando como as pessoas se enxergam, cada um que use seu próprio espelho e eu uso o meu, porém, a exigência de tratamentos diferenciados, notadamente, cancelando a gramática da nossa linda e rica língua portuguesa no intuito de amenizar vazios existenciais que não cabe à terceiros. Como se diz por aí: Seja o que você quiser, só não seja chato! E como diria o Mussum, aquele personagem dos trapalhões que usava a linguagem neutra: - Cacildes, parem de inventar moda! Motorista, pianista, esportista são adjetivos que flexionam com o artigo ‘a’ ou ‘o’, então não faz sentido criar um ‘todes’.

O importante, nesta década, é criar problemas em série. Lógico que existem discriminações pontuais e históricas que merecem atenção e proteção, porém, estamos vivendo um momento tão forçado quanto aos direitos ‘de minorias’ que até os anões – que são portadores de nanismo – não querem mais ser chamados de anões, deu “tilt” até na Branca de Neve que agora tem seres místicos e não mais anões! Ah, e os anões de jardins? Escondam para não serem processados! Os ativistas gordos, cujo sobrepeso retira a qualidade de vida, forçam a aceitação dos seus corpos mutilados pelo excesso de peso tratando qualquer fala como gordofobia, e não se trata de padrão de beleza, sim de saúde. Enfim, todos buscam ganhos por sua falta de virtudes. Ao invés de melhorarmos como humanos, estamos criando uma rede de ofensas sem fim, criando novos grupos e novas palavras para fugir da realidade que realmente importa. A professora que quis fugir da gramática e lutar por militância sem fundamento, foi ‘demitides’!

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