logo RCN
CONVERSA AFIADA

Sobre o liberalismo, algumas verdades

“O respeito ao produtor de riqueza é começo da solução da pobreza.” Roberto Campos

Ao perseguir o seu auto interesse, o empreendedor cria riqueza e empregos para terceiros, sejam eles clientes, funcionários e fornecedores. São empregos diretos e indiretos. Assim funciona a cadeia de prosperidade econômica. Assim que o capitalismo promoveu a riqueza, pois hoje há produtos ao alcance de todas as classes econômicas.

A combinação e competição entre esses empresários é o que gera uma economia de mercado crescente, algo muito distante da realidade brasileira. Os nossos índices (verdadeiros) afirmam isso. 

O Estado, ao interferir neste ciclo natural com a opinião e regras econômicas absurdas que resultam muitos impostos cobrados, penaliza esse sistema virtuoso e gera essa estagnação econômica que vivenciamos.

Uma sociedade que facilita a atividade empresarial é uma sociedade que mais facilmente prospera. Quem entende diferente sustenta a riqueza na mão de políticos que distribuem miséria em forma assistencial. Aliás, sustenta uma casta política e de privilegiados funcionários públicos de alta cúpula, notadamente,  na esfera federal.

Mais uma vez vão me chamar de neoliberal. Entendo como um elogio, pois me coloca no patamar de Ronald Regan e Margareth Thatcher. Certamente, defender a liberdade e a propriedade privada, a capacidade de quem quiser gerar riqueza é sábio, humano e o caminho para não perdemos ainda mais a trajetória de evolução. Lembrando a necessidade do trabalho!

Mas em se tratando de doutrinas econômicas, há grandes lições no liberalismo, acreditam?

Em 28.06.2023 em seu programa, Bial entrevistou Deirdre McCloskey, professora emérita de Economia, História e Comunicação de Chicago, uma pessoa totalmente liberal, transgênero que afirma veemente que cada um deve viver como queira. E, nisso, eu realmente concordo. Viva como quiser, só não seja vitimista nem cometa crimes e não seja hipócrita (especialmente àqueles que vivem no afã do capitalismo e defendem o comunismo).

E, em se tratando de economia a professora desenhou o que tentamos muitas vezes estabelecer nesta conversa afiada. Como disse Bial, essa é uma conversa de adultos, portanto, continue se você realmente tem maturidade para essa conversa.

Para Deirdre, no liberalismo a "ideia essencial é a igualdade de permissão. Não igualdade de resultado". A ideia é permitir que as pessoas criem a própria vida. Ninguém começa do mesmo lugar, tampouco terminam em lugares iguais. Alguns são mais inteligentes, algumas mais bonitas, alguns são bons pais ou mães, por isso, tantos graus diferentes. Até mesmo porque temos aptidões diferentes. Simples, não é mesmo?

Exemplificou ainda que em grandes sociedades o socialismo é impossível. Dividir uma pizza entre amigos ou dar algo seu dentro da própria família é uma possibilidade até comum, mas o liberalismo consiste em dar às pessoas a dignidade e o respeito de serem "adultas".

Em que pese, a fala da professora carregue contradições quando diz, por exemplo que Trump e Bolsonaro querem ser pais da nação, com força da estatização, percebe se uma incoerência pois, quem, mais distribui misérias, diga-se, especialmente no Brasil, são os governos de esquerda que defendem a todo custo a necessidade de o Estado existir em todas as categorias da vida privada.

Bial teve um momento de lucidez indicando que o Brasil vive um momento de um governo mais estatizante (2023) e que alguns de nós acreditam que o protecionismo protege o brasileiro médio.  A libertária foi brilhante so dizer que isso é errado.

"Algum economista recentemente calculou que, se quiséssemos autossuficiência real e cultivássemos trigo para fazer pão e gado para obter carne, um hambúrguer custaria 83 dólares (hoje, nos EUA um McDonald's custa 3 dólares). Mais uma vez esse tipo de argumento é infantil”, disse a professora.

Defender o protecionismo é dizer que você não é capaz de seguir com as próprias pernas e que o Estado tem que prover, como se o Estado fosse o pai dando a mesada. Mas isso às nossas próprias custas porque o Estado não gera riqueza, só cobra impostos e distribui... desigualmente.

Protecionismo é propagar a escassez. Livre mercado é defender a abundância.

Vale lembrar que muito MST usa smartphone que é um excelente e visível produto da livre iniciativa e concorrência. Fruto do capitalismo. Assim com seu jeans, seu carro, a comida e a própria geladeira. Na época da telefonia regulada pelo Estado, poucos tinha telefone fixo. Viva a privatização! Hoje, absolutamente todos têm celulares. Basta olhos para ver como a economia prosperou na vida de todos.

Quando o governo coloca um antidumping, por exemplo, nos pneus importados ele diminui sua possibilidade de aquisição, pois o produto que seria a um custo mais acessível (e talvez, realmente, com menor qualidade) fica no preço dos nacionais retirando o poder aquisitivo dos mais pobres... tipo a taxação da Shein.

Na Itália, é comum ver indianos e africanos vendendo bolsas de grifes bem em frente às lojas destas marcas e isso não é um problema, sabe por quê? Porque o público das grandes grifes jamais vai comprar algo falsificado ou dito "réplica ". Ninguém está nem aí. Compra quem quiser.

Entender o mercado e os Governos ajuda bastante a entender onde está indo seu dinheiro.

Sim, defendo os privilégios individuais, mais que os coletivos!

Por sorte, ainda temos garantida a liberdade de expressão com relação às questões econômicas.

Avante!

Santa inquisição Anterior

Santa inquisição

Use bem seu dom Próximo

Use bem seu dom

Deixe seu comentário