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CONVERSA AFIADA

“Non abbiate paura”

O socialismo é a filosofia do fracasso, a crença na ignorância, a pregação da inveja. Seu defeito inerente é a distribuição igualitária da miséria. Há uma eclosão dele na América. Ele causa medo e até falta de esperança. Mas, só há uma forma de combatê-lo.

Diante da miserabilidade moral do mundo é importante ressaltar a grandeza das pessoas ímpares que realmente fizeram e deixaram um legado ao mundo, pessoas que devem ser copiadas.

Quem melhor para nos inspirar em um momento tão aflitivo no mundo do que aquele que venceu os nazistas e os comunistas com o poder da fé!

A conversa afiada de hoje fala de um homem que viveu e viu de perto as atrocidades do comunismo e do nazismo, que lutou contra simpatizantes do comunismo até dentro da própria igreja católica, que dialogou com outras religiões e outros líderes, que serviu ao mundo com amor (e muita oração).

São João Paulo II, cujo nome de nascimento era Karol Józef Wojtyła, nasceu numa cidadezinha Polonesa, perdeu a mãe aos 8 anos de idade e também uma irmã. Viveu a Segunda Guerra Mundial de perto, precisando fugir e se esconder muitas vezes. Sua história de vida estampa livros e filmes. Uma vida de amor e resignação. Um verdadeiro e comovente exemplo.

A queda do comunismo na Europa iniciou com sua visita à Polonia em 1979. Lá, com autorização do governo comunista, passou nove dias e juntou milhões em multidão que buscavam e gritavam: Queremos Deus! Queremos Deus! Eles simplesmente oraram e oraram. A praça da Vitória ficou conhecida como símbolo de resistência ao totalitarismo. Daqui em diante os regimes comunistas decaíram em toda Europa: eleições na Polonia, queda do Muro de Berlin, fim da URSS com o pedido de demissão de Mikhail Gorbachev no começo da noite de 25 de dezembro de 1991. A Europa se refazia.

Em 2 de março de 1983, o mundo ficou boquiaberto com uma cena insólita: um papa com dedo em riste dando uma bronca em um sacerdote diante das câmeras de TV! Essa cena história aconteceu na Nicarágua, na ocasião da chegada do Papa João Paulo ll ao país. Logo ao chegar no aeroporto, assim que avistou o padre Ernesto Cardenal, o Papa Ihe deu uma bronca histórica e mandou que abandonasse o cargo de Ministro da Cultura, que o padre ocupava há cerca de quatro anos.

Por que São João Paulo Il fez aquilo? Porque quem estava no poder na Nicarágua na época eram os sandinistas, membros de um movimento político que professa o socialismo - ideologia formalmente condenada pela Igreja por dez papas.

Como todo herege impenitente, o Cardenal desobedeceu ao Papa, e continuou por mais quatro anos como funcionário do governo sandinista. A Santa Sé, então, suspendeu o padre Cardenal "ad divinis" em 1985, pois seu cargo político era incompatível com a missão sacerdotal. Jesus, mestre da Igreja, veio separar a Igreja e o Estado, portanto, não há mesmo compatibilidade em políticas, políticos e Padres.

Lamentavelmente, em 2019, Roma reconcilia-se com padre nicaraguense suspenso por João Paulo II, o Papa Francisco enviou uma carta a Ernesto Cardenal, o sacerdote que na década de 1980 integrou o Governo de Daniel Ortega, a informá-lo do levantamento da suspensão das suas funções no sacerdócio imposta há 35 anos.

Desde 2022 o regime de Daniel Ortega persegue cristãos nos país. A hostilidade contra a igreja pelo regime nicaraguense pode ser notada por meio de restrições à liberdade religiosa e de expressão. Os críticos do governo, incluindo muitos bispos, foram presos no país, sendo o caso mais emblemático do sacerdote Rolando Álvarez, que foi expulso do país; universidades e outras instituições ligadas à igreja tiveram seus registros cancelados e propriedades e meios de comunicação de cristãos foram confiscados pelo regime de Daniel Ortega. Cristão desapareceram.

Nesta semana, a arquidiocese de São Paulo arquivou o processo contra o Padre Júlio Lancelotti, esquerdista convicto e apoiador de Lula, padre que utilizava ONG financiada por dinheiro público para fazer campanha disfarçada de caridade; de maneira a ignorar uma perícia que coloca o Padre em explícito contato com pornografia e aliciamento de menores enviando essa decisão (arquivamento por provas insuficientes) ao Vaticano.

Em tempos onde um bispo e um Papa defendem políticos, ditadores e outros padres hereges, em um momento tão desconfortável, mais ainda precisamos nos unir como Igreja. Precisamos recorrer ao São João Paulo II que foi incansável na luta contra o totalitarismo. Sejamos cristãos com base no verdadeiro e Santo Papa João Paulo II.

Não tenhamos medo (Non abbiate paura), disse o Santo em seu discurso quando ascendeu ao papado mais significativo da História. Oremos, todos os dias! O mal não suporta a luz que se faz com oração.

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