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Impudicice moral

É preciso rever a política brasileira. As eleições municipais, especialmente em cidades pequenas, nos propõe mais facilmente a análise do caráter de seus candidatos de maneira individualizada, afinal a sigla é uma obrigação legal. Inclusive vale lembrar que o próprio Bolsonaro ficou muito tempo sem um partido antes das últimas eleições.

Então, esqueça a política e olhe para os políticos. Quem eles são realmente? Como um candidato se porta com relação aos outros? Traz propostas? Mostra suas reais virtudes e capacidades ou faz críticas sem qualquer argumento ou verdade plausível?

Quem é o candidato que apresentou verdadeiramente ética e, no dia a dia, nos anos (não nestes meses que antecedem a eleição) se portou virtuosamente como cidadão ou fez algo para a comunidade? Quem o candidato é, de verdade, com sua própria família?

Lembrem-se que nos próximos 40 dias haverá boa maquiagem nos incapacitados. E não são apenas os ‘Pablos’ e ‘Tábatas’. E também não, não basta ser amigo, o incapaz continua sendo um incapaz com amigos. Logo, o amigo não deve votar em você para atrapalhar a evolução da cidade. Política é coisa séria, e politicagem deve ser extirpada. Amigo que é amigo fala a verdade.

Lamentável observar que muitos concorrentes tentam levar os eleitores a erro com algumas fotos e postagens parecendo os escolhidos e não apresentando propostas em efetividade, apenas usurpando lugares. Há muitos políticos fabricados.

Os políticos brasileiros viraram artistas, personagens montados, alguns por excelentes marketeiros e aparelhados com a rede mundial de computadores que os aproxima do enganado eleitor e outros acreditando que uma sigla os torna poderosos. Um minuto de fama, mas cuidado ao se emocionar com a foto e não enxergar o melhor candidato. Novamente, são os amigos que realmente conhecem a (in)capacidade dos amigos.

Mas a cretinice vigora no reino político e vai além. Muitos candidatos e partidos possuem pontos focais – pessoas que trabalham na campanha – apenas para causar alvoroço e adentrar nas redes sociais dos concorrentes oponentes para gerar desordem informacional.

Em 2022, o STF aplicou o termo (desordem informacional) quando através de uma afirmação verdadeira, porém, descontextualizada o ‘informante’ induz em erro através de seu comentário, fala, escrita (basicamente uma mentira com aparência de verdade). É o estelionato intelectual, a fake News do bem, em que pese, talvez 98% ou mais das pessoas que geram essa notícia descontextualizada é, em verdade, apenas um ignorante fazendo uso indevido das informações do Google. Essa internet realmente deu voz aos imbecis e imagem ‘boazinha’ aos pilantras que forjam seus vícios e incapacidade.

Não ouçam os vizinhos e nem mesmo aqueles que aparentam algum conhecimento. Há muitos pseudossábios por aí que só defendem a possibilidade de um cargo e que tem ações totalmente contrárias às suas falas. Pesquisem e vejam quem realmente contribui ou contribuiu para a comunidade, especialmente, sem os holofotes.

É estarrecedor o movimento contraditório de algumas pessoas que ou são muito imorais na manipulação pública ou são realmente rasas no intelecto. Quando uma pessoa tem princípios e valores não se rende a uma sigla mentirosa que se aproveita da onda para adentrar no poder. Os ‘grandões’ estão promovendo suas bases para 2026 e aparecem ao lado dos mais oportunistas, sem princípios e valores.

Se quisermos uma comunidade melhor, no mínimo, precisamos ser honestos conosco mesmos, mas as pessoas estão com suas personalidades e moralidades muito deturpadas e doentes. Há uma impudicice moral tomando conta.

Lembrem-se do ensinamento de Thomas Sowell “As pessoas vão perdoá-lo por estar errado, mas nunca o perdoarão por estar certo – especialmente se os eventos que você está certo acontecerem ao mesmo tempo que provam que eles estão errados”. Isso é muito compatível com o “eu avisei!”.

Estejam atentos aos lascivos. É o momento de ser verdadeiro e honesto consigo mesmo para que nossas cidades possam sobreviver aos próximos anos e para que eu não tenha que lembrá-los do “Eu avisei!”.

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