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Conversa Afiada

Eleições e redes sociais

Segundo matéria veiculada no site do Senado, 45% dos eleitores são influenciados pelas redes sociais. Sim, o mundo mudou e a estrutura tecnológica é um tsunami que não tem volta.

A internet chegou ao Brasil no ano de 1995, trazendo facilidades para quem tinha condições de obter o serviço. Eram poucos. Com o passar dos anos e com o avanço da tecnologia, a internet tornou-se quase que universal, a maioria dos cidadãos hoje em dia, tem acesso à internet, mas com ela vieram as revolucionárias redes sociais, com o propósito de facilitar a comunicação e o relacionamento entre as pessoas de todo o mundo. As relações ficaram muito próximas, notadamente, em se tratando de nossos representantes eleitos.

De fato, a liberdade não pode ser forjada e a tecnologia está ali para ser utilizada em favor do bem e do progresso. A internet está aí para aproximar pessoas e ideias, mas, muitas vezes pode ser via de mão única. Por isso tem sido ferramenta política das melhores.

A política está utilizando desses instrumentos virtuais como aliadas e os políticos para suas campanhas políticas, como forma de aproximar e até capturar eleitores. Partidos políticos estão cada vez mais investindo na promoção e na divulgação de seus candidatos e programas nas redes sociais. A política no Brasil vive novos tempos.

Excelente exemplo disso é o político novato, atual prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, que assumiu a prefeitura quando Gean Loureiro tentou o Governo do Estado. Topázio é um fenômeno que já é considerado influencer dos políticos. Um empresário de sucesso surgiu como aliado de Gean e ganhou o coração do eleitorado e até de outros estados. Seus vídeos chegam a ter 4 milhões de visualizações. De fato, uma inspiração! O prefeito da Capital mostra descontraidamente sua administração, a transparência nas ações da Prefeitura e ainda divulga muito a Capital turística mais cobiçada do Brasil.

O Presidente Lula, vem tentando estabelecer sua popularidade através de vídeos que o colocam como um grande atleta no ‘auge’ dos seus 78 anos. Aliás, a inteligência artificial ajuda muito nisso. Você, que é uma pessoa sem qualquer histórico de atleta, ganha a forma de um corredor ao estilo de Forest Gump, o contador de histórias (um trocadilho que cai bem).
Isso é a gestão de imagem feita com as personagens da atual política brasileira. São criadas personagens/personas totalmente elaboradas e desenhadas para o xadrez que é o jogo político.

E nisso reside o problema da internet. O que é real? Quem é essa pessoa ou a personagem que ela reproduz? O que você realmente consegue identificar como uma imagem ou melhor, um vídeo verdadeiro de um produzido por inteligência artificial? Você sabe onde checar os dados para saber se o que o interlocutor posta é realmente verdade?

A internet – logo, as redes sociais – nos permite expor o que quisermos. E, agora, podemos concordar com Alexandre de Moraes: a internet também deu voz aos imbecis. Às vezes, não conseguimos diferenciá-los no meio da multidão virtual, incluindo muitos políticos.

Agora os políticos e suas equipes administram sua exposição de acordo com o interesse de cada um, com uma minuciosa análise das consequências de cada post. É o marketing político. O Instagram é um grande palco. Mensagens positivas são difundidas e as negativas são dosadas ou excluídas (e não são os moderadores das configurações de contas, não). Segue a mesma maquiagem que se fazia muito e ainda se faz na mídia tradicional (TV, rádio e alguns jornais impressos). Agora as equipes minimizam todos os impactos e os desavisados acreditam em tudo que está ali postado pelo político.

Talvez, por isso, Topázio tenha se saído bem. Ele não é um político profissional, sua performance é realmente o reflexo de sua personalidade e ideologia. Fica a dica. Busque fontes confiáveis e fontes primárias. Cuidado com o telefone sem fio. Cuidado com as aparências e filtre muito. Use os portais da transparência na mesma medida que as redes sociais. Estude, avance e tenha cuidado com o Governo!

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