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Deus me livre

Deus me livre de mulher CEO, disse o ex-CEO de uma escola profissionalizante, G4 Educação.

Lamentavelmente o feminismo conseguiu ‘cancelar’ mais um homem 'influente'. Tallis Gomes, em sua declaração como resposta a uma pergunta em sua própria rede social, referia-se a ter um relacionamento amoroso com uma CEO. Ter opinião e ser sincero ofendeu aos plantonistas do 'cancelamento' e a empresa de educação, muito promissora, rendeu-se à lacração.

Tallis Gomes renunciou ao cargo, o que certamente o fez por pressão e magicamente a nova CEO agora é uma mulher. Mulher que assumiu o cargo não por mérito, mas por marketing. Há quem diga que foi tudo pensado pela própria empresa, para fins midiáticos mesmo.

Como mulher, então para o povo da lacração, estou no meu lugar de fala, sinto-me totalmente ridicularizada com isso. Um homem pode querer se relacionar ou não com uma mulher (ou qualquer pessoa) por diversos motivos: atração física, nível intelectual ou por sua profissão.

Certamente a vida de uma CEO é extremamente voltada a profissão, logo, com pouco mais de um neurônio é compreensível que haja pessoas que não queiram relacionamentos que se distanciam pelo trabalho. Simples assim. Ele não disse que mulher não pode ser CEO.

Se pensarmos assim, vejamos exatamente o que acontece ao nosso redor.

Quantas mulheres estão concorrendo em sua cidade porque realmente querem participar da vida política? É sabido que muitas estão cumprindo a cota, basta observar a atuação nos 12 meses anteriores ao pleito eleitoral. Nunca se envolveram na comunidade e continuam sem se envolver, não participam de decisões, não elaboram propostas. Investiguem a vida pregressa.

O jogo homem versos mulher é chato demais. Há funções mais bem desempenhadas por homens e outras mais bem desempenhadas por mulheres, e isso não tem que ser dramático e não há nada de misógino nisso.

Fatos da realidade e da ciência não são misoginia. E, especialmente, com relação aos valores e pensamentos humanos, muito menos que podemos controlar.

Não há absolutamente nada que possamos (e nem devemos) fazer com o que cada pessoa escolhe fazer da sua própria vida, ou como ela decide viver, com quem se relacionar, e a liberdade individual dessa escolha não pode ser empurrada numa agenda goela abaixo da sociedade.

Passamos por mais um teste de controle, com louvores, à agenda 2030 – woke – que segue intacta graças às dores particulares e fragilidades psíquicas humanas. Inclusive, é tão particularizada essa defesa agora – da mulher CEO – que quando a própria mulher se defende do que é, é chamada de transfóbica. Lembram do que aconteceu com a cantora Adele em 2022? Ela foi motivo de ‘cancelamento’ por dizer, cerimônia de premiação dos BRIT Awards, que ama ser mulher. Foi chamada de transfóbica por amar ser o que é.

E o mais confuso de tudo, é que neste momento parece que mulheres, apenas as CEOs ou mega profissionais, passaram a fazer parte de seres especiais, não pela capacidade reprodutiva, que é o auge da mulher, mas por chiliques típicos do período pré-menstrual. E antes que chovam discursos do "mas eu não quero ter filhos", tudo bem, trata-se de uma escolha e o problema é seu. Fato é que SUA escolha não diminui o incrível momento humano que é gerar uma vida e muito menos a escolha de outras mulheres que querem ser mães.

E, novamente, antes que digam "mas tem mulher que abandona o filho". Igualmente é uma escolha. Tudo na vida são escolhas baseadas nas nossas dores ou vícios. Parem de romantizar as péssimas escolhas e de ocultar dores reais com simbologia woke.

No caso de Tallis, o fato de ele dizer ‘deus me livre de mulher CEO”, não significa dizer que uma mulher não pode ser CEO. E para que tornar um mostro o homem que prefere uma mulher bela, recatada e do lar? É parte da agenda Woke.

Eis uma verdade: "As feministas querem reduzir a mulher a um macho mal-acabado.", disse Nelson Rodrigues. As obras de Nelson Rodrigues são um exame clínico da alma brasileira, uma autópsia feita em plena vida, como disse Danilo Cavalcante e que cito nos mesmos termos.

Como um profeta invertido, Nelson Rodrigues denuncia não os pecados extraordinários, mas os pecados banais – aqueles que são praticados à sombra da normalidade. Ele nos mostra que o grotesco está na rotina, que o trágico é o comum, e que a verdadeira grandeza humana não reside na sinalização de virtudes, mas na coragem de se ver sujo, imperfeito e profundamente humano. Ler Nelson Rodrigues é uma terapia.

Enxergar que a hipocrisia é o cotidiano do ser humano, é necessário para que possamos subir um degrau na famigerada evolução. Deus me livre, Deus me livre do wokismo!

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