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Aprendendo pela dor

Diante da calamidade, já anunciada como uma catástrofe humanitária, que assola o Rio Grande do Sul, como todas as nossas conversas afiadas, temos pontos de reflexão.

Sim, Deus escreve certo por linhas tortas. Com a assombrosa situação emerge um dos fundamentos da vida humana e o mandamento de Deus: amar ao próximo como a si mesmo.

Na última semana, foram cenas de terror que comovem o coração e a alma de qualquer ser humano com um pouco de amor. Mas a humanidade não tem apenas gente boa.

O prefeito de Canoas denunciou que o Governo Federal não apoiou a transferência de 9 pacientes da UTI e que todos haviam morrido, sem energia e com água na unidade os profissionais não tiveram o que fazer. O sistema colapsou. Segundo o Ministro Paulo Pimenta, o prefeito desmentiu. Pois é, no dia seguinte o prefeito de Canoas anunciou que não houve mortes.

Alguns civis e até influenciadores criticaram o Exército, pois o cidadão comum estava conseguindo entrar na água com motos aquáticas enquanto o Exército não (existem inúmeros vídeos na internet demonstrando isso, portanto não me venham falar em fake News).

Outra crítica envolve o coach Pablo Marçal e outras pessoas sobre a parada de caminhões de doações nas balanças de pesagem e multas. O SBT inclusive fez uma reportagem demonstrando isso, além de uma série de outros vídeos e informações divulgadas nas redes sociais.

O Governo Federal está perseguindo e querendo calar a todas essas pessoas. A AGU já instaurou procedimento solicitando esclarecimentos.

O governador Jorginho Melo oficialmente apresentou um funcionário da Defesa Civil de Santa Catarina que foi barrado e multado por excesso de peso e evasão por levar doações de Santa Catarina para o Rio Grande do Sul pela ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres.

Após o anúncio do Governador do Estado de Santa Catarina, a ANTT resolveu publicar uma Portaria dispensando os procedimentos para os donativos, contudo não mencionou as anulações das autuações já feitas.

O mais estranho de tudo é que o Ministro das Comunicações, o Ministro da Justiça e a Polícia Federal, ao invés de focar no que deveria ser feito, focam em censurar e multar as pessoas. Isso é vergonhoso e, novamente, vem a toda a busca pela legalização da censura pelo desgoverno.

Indiscutivelmente o marco da falácia de que vivemos uma plena democracia caiu por terra com o avanço da internet e, evidentemente, celulares e redes sociais. Com a comunicação na era digital, todos nós podemos falar, filmar e expressar e divulgar acontecimentos e opiniões imediatamente, ainda que vãs opiniões.

As vidas do Rio Grande do Sul foram salvas através da tecnologia e do celular. As denúncias das atrocidades feitas pelo próprio governo vem sendo desmascaradas pelo celular e gravações feitas pelo cidadão comum, aquele a qual um Governo deve (ou deveria) representar os interesses.
O controle do discurso por parte, especialmente do Estado e de seus ‘intelectuais’, restou fragilizado. Portanto, há um desespero para retomar a narrativa. A Rede Globo, tem sido exaustiva na defesa e na criação de narrativas para proteger o PT e seus derivados.

Hoje temos acesso ao mundo todo na palma da mão com blogs diversos, com perfis em redes sociais, com diversas plataformas que possibilitam o estudo e o alcance a novas narrativas.

Os que ousam levantar a cabeça sob o muro e questionar, viraram inimigos. Essa levantada de cabeça com a simples pergunta: por quê? tem sido motivo de processos e prisões no Brasil ao argumento de serem informações falsas e desordem informacional. Não aceitar a ordem constituída é contrariar o Estado, e contrariar o Estado é ser antidemocrático nesse novo período que estamos vivenciando.

Alguém fez crer que o Estado é bom e, pior, fez crer que ele é necessário em situações em que a olhos nus, nesse momento, podemos ver que não é. O Estado só é realmente necessário quando ele se preocupa em prover segurança, liberdade econômica e proteção à liberdade individual e sobretudo, à VIDA. Porém, o Estado hoje vulgariza meios de coerção e muita punição para quem o desafia, ainda que seja para fazer refletir e não para aniquilá-lo.

Estamos diante de movimentos de censura avalizados pelo "Gabinete de Crise" que não tem um plano de contingência para as calamidades que se repetem ano após anos (já passamos por algo parecido em 2008 aqui em SC, lembram?). Não podemos esmorecer.

A crise humanitária do Rio Grande do Sul ainda mostrará muitas tristes realidades, mas nós aprenderemos, ainda que seja pela dor. Não se esqueçam jamais dos dirigentes e dos 50 tons de vermelho que fazem qualquer coisa pelo poder.

Atentos, sigamos!

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