Pai condenado por estupro é preso como suspeito de matar filha de 17 anos em SC
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Foto: Arquivo pessoal/ND Mais - Adolescente desaparecida foi vista pela última vez no dia 30 de novembro
Adolescente de 17 anos some em Itajaí (SC); pai condenado por estupro é preso em MS como suspeito de feminicídio, com corpo ainda não localizado.
O que aconteceu com a adolescente desaparecida em Itajaí?
Uma adolescente de 17 anos desapareceu na madrugada de 30 de novembro, no bairro Fazenda, em Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina. Segundo a mãe, a jovem saiu de casa por volta das 2h, sem celular, documentos ou qualquer meio de comunicação – apenas com a roupa do corpo. Ela havia ficado com o irmão mais velho até esse horário, e ninguém a viu deixando o local.
O caso, inicialmente tratado como desaparecimento, ganhou rumos dramáticos 17 dias depois. Nesta quinta-feira (18), a Polícia Civil prendeu um suspeito em Maracaju, Mato Grosso do Sul. A operação envolveu a Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idigo (DPCAMI) de Itajaí, a Diretoria de Investigações Criminais (DIC) de Itajaí e a Polícia Civil sul-mato-grossense. Até agora, o corpo da vítima não foi encontrado, mas as investigações apontam para feminicídio.
Por que um pai estaria envolvido no sumiço da própria filha? Esse é o ponto que mais intriga e assusta quem acompanha o caso.
Suspeito é o pai da vítima, com histórico de violência
O principal suspeito é o pai da adolescente. Ele havia sido condenado no mês anterior a 16 anos e quatro meses de prisão pelo estupro da própria filha. A jovem tinha medida protetiva contra ele, o que reforça a gravidade do histórico familiar. Apesar de ter se mudado para o Rio Grande do Sul, testemunhas o viram em Itajaí exatamente no dia do desaparecimento, 30 de novembro.
Polícia Civil de SC relata que contradições no depoimento do homem mudaram o rumo das investigações. Agentes foram até Caraá (RS), onde ele morava, mas ele já havia fugido. Com troca de informações entre polícias, o suspeito foi localizado e preso em Maracaju (MS). "As investigações seguem em andamento para esclarecer completamente as circunstâncias", informou o órgão em nota oficial, conforme reportado pelo ND Mais.
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Esses detalhes levantam questões sobre falhas na proteção a vítimas de violência doméstica. Como alguém com medida protetiva e condenação recente pôde se aproximar da filha?
Contexto de violência contra mulheres em Santa Catarina
Santa Catarina vive uma onda preocupante de feminicídios. Em novembro, o estado registrou aumento nos casos de violência contra a mulher, como destacado em reportagens do ND Mais sobre o tema. Casos como esse expõem vulnerabilidades no sistema de proteção, especialmente para adolescentes em situações de abuso familiar.
Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que, em 2023, o Brasil teve mais de 1.400 feminicídios – e Santa Catarina figura entre os estados com taxas crescentes. Aqui, o feminicídio de uma menor por familiar choca pela brutalidade e pelo padrão de impunidade inicial.
O que vem a seguir nas investigações?
A Polícia Civil continua os trabalhos para localizar o corpo e colher mais provas. A prisão é temporária, deferida pelo Judiciário com base nas contradições do suspeito. Famílias em situações semelhantes podem buscar ajuda imediata: ligue 180 para denúncias de violência contra a mulher ou 100 para direitos humanos.
Casos assim nos fazem refletir: o que mais poderia ser feito para prevenir tragédias? A resposta exige ação integrada entre polícia, Judiciário e sociedade.
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