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Mãe e filho fogem de cárcere privado após horas de agressões em Criciúma
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Foto: Imagem Ilustrativa, Canva, Reprodução - Mulher foi agredida junto com o filho pelo companheiro
Caso de agressões e cárcere privado em Criciúma termina com prisão do suspeito e proteção à mãe e filho de 8 anos pela PM e Conselho Tutelar.
Em um caso que choca pela brutalidade, uma mulher de 30 anos e seu filho de 8 anos escaparam de um verdadeiro inferno particular nesta sexta-feira (19) em Criciúma, no Sul de Santa Catarina. Mantidos em cárcere privado por cerca de sete horas dentro de uma kitnet, eles sofreram agressões físicas intensas pelo companheiro da vítima, um homem de 35 anos. A Polícia Militar (PM) foi acionada a tempo, e o suspeito acabou preso. Mas o que leva situações assim a explodirem, e o que acontece depois?
O relato da vítima e os fatos do caso
Tudo começou por volta das 14h, na Avenida Luiz Lazzarin, no bairro Vila Floresta II. Segundo o boletim da PM, a mulher foi impedida de sair da kitnet sob ameaças de morte. O agressor, identificado como companheiro dela, partiu para as agressões: socos na cabeça, boca e corpo, mordidas no supercílio e lábio, além de puxões de cabelo. Hematomas visíveis marcaram os braços, costas e pernas dela.
O menino de 8 anos não escapou. O padrasto puxou seu cabelo, expondo a criança a um trauma que vai além do físico. Para piorar, o homem quebrou o celular da vítima, isolando-a completamente de qualquer pedido de socorro. Quando a PM chegou, por volta das 19h55, a cena era de destruição: móveis quebrados, roupas espalhadas e até falta de alimentos adequados para crianças no local.
Vizinhos foram cruciais. A mulher conseguiu fugir e pedir ajuda, o que acionou a guarnição policial. Esse tipo de solidariedade pode salvar vidas – você já parou para pensar quantas histórias assim dependem de um grito ouvido?
Ação rápida da PM e apoio às vítimas
A resposta foi imediata. A mãe foi levada para um lugar seguro e já solicitou medida protetiva, prevista na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006), que obriga o agressor a se afastar e proíbe contato. O Conselho Tutelar e a equipe de Assistência Social entraram em cena para acolher o menino. Por enquanto, mãe e filho estão em um hotel, garantindo segurança nos próximos dias.
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O suspeito foi preso em flagrante e encaminhado à Delegacia de Polícia de Criciúma. Crimes como cárcere privado (artigo 148 do Código Penal) e lesão corporal (artigo 129) podem render penas de até 8 anos de prisão, dependendo da gravidade e do histórico do réu. A PM não divulgou o nome do homem para preservar a investigação, mas confirmou todos os detalhes no registro oficial.
Implicações e o que isso revela sobre violência doméstica
Casos como esse não são isolados. Em Santa Catarina, a violência doméstica representa uma fatia alarmante dos atendimentos policiais – dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023 mostram que o Sul do país registra altas taxas de feminicídio e agressões a crianças em contextos familiares. Aqui, o cárcere privado agrava tudo: não é só agressão, é controle total, que sufoca a vítima aos poucos.
Na prática, isso significa que denúncias precoces salvam. Se você ou alguém próximo vive sob ameaças, ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher) ou 100 (Direitos Humanos) – são canais sigilosos e 24h. Medidas protetivas são rápidas: um juiz pode concedê-las em horas. E para crianças, o Conselho Tutelar age para evitar traumas duradouros, como ansiedade ou medo crônico.
O que diferencia esse caso é a fuga bem-sucedida. Mas e se os vizinhos não tivessem ajudado? Reflita: em seu bairro, há redes de apoio para quebrar o silêncio? Autoridades como a PM de Criciúma reforçam que investigações prosseguem, com foco em justiça e prevenção.
Próximos passos e orientação para leitores
A vítima segue sob proteção, e o inquérito policial avança na Delegacia de Criciúma. Fique atento a atualizações oficiais da PM-SC ou do site da Polícia Civil de Santa Catarina para mais detalhes. Se esse relato te tocou, saiba que ajuda profissional está acessível: abrigos como os da Rede Maria da Penha oferecem suporte psicológico e jurídico gratuito.
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