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Dra. Cristiane Schmitz

Icterícia neonatal – o temido amarelão

A icterícia é um dos problemas mais comuns nos recém-nascidos, sendo caracterizada pela coloração amarelada da pele, olhos e mucosa. Seu tratamento, se iniciado nos primeiros sintomas, é eficaz.

Entretanto, a demora no diagnóstico pode ocasionar danos irreversíveis, inclusive, cerebrais. O importante é, assim que a mãe notar o tom amarelado procurar avaliação do pediatra .

A coloração amarela da pele e/ou olhos ocorre por um aumento da bilirrubina na corrente sanguínea. A bilirrubina é uma substância amarela formada quando a hemoglobina (a parte dos glóbulos vermelhos que transporta oxigênio) é decomposta como parte do processo normal de reciclagem de glóbulos vermelhos velhos ou danificados. A bilirrubina é transportada na corrente sanguínea até o fígado e processada de modo a poder ser excretada do fígado como parte da bile (o líquido digestivo que é fabricado pelo fígado).

A dosagem é importante porque existem dois tipos de icterícia: a fisiológica, em que o tratamento não é necessário e é a mais comum; e a patológica, quando o bebê precisa de fototerapia, pois traz riscos a saúde.

A icterícia, normalmente, manifesta-se entre o terceiro e quinto dia de vida do recém-nascido, mas também pode acontecer já no primeiro dia, sendo classificada como precoce.

Independentemente do tempo, a assistência médica é fundamental já que a bilirrubina não se deposita só na pele e nos olhos, podendo aparecer no cérebro e causar neurotoxicidade.

As causas da icterícia são diversas, entre elas, estão a prematuridade, a oferta inadequada de leite materno, diabetes materna, predisposição genética e a incompatibilidade sanguínea entre mãe e filho, quando um tem fator RH positivo e o outro negativo.

O tratamento é feito com a fototerapia que é realizada por meio de um equipamento que emite uma luz capaz de quebrar o excesso de bilirrubina presente na corrente sanguínea, de forma que ela seja eliminada mais rapidamente pelo organismo.

Geralmente, os bebês precisam se submeter ao procedimento por algumas horas. Entretanto, a terapia só deve ser finalizada quando o nível de bilirrubina alcançar um nível considerado seguro.

A SBP ( sociedade brasileira de Pediatria) não recomenda a exposição do bebê ao sol para melhorar o quadro de icterícia. A luz solar não é benéfica neste caso e ainda pode acarretar problemas na pele frágil do bebê.

Sempre que houver alterações da coloração da pele do seu filho(a) procure atendimento médico para avaliar o estado geral e a necessidade de exames e tratamento.

Abraço cordial e até breve com outros temas em saúde infantil.

Dra. Cristiane Schmitz

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