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Dr. Eric Sanders

Obesidade abdominal aumenta o risco de doenças cardíacas

Você sabia que mesmo com o IMC (Índice de Massa Corporal) dentro da normalidade, se o seu abdomen está maior que os valores preconizados, você apresenta risco cardíaco aumentado?

Em todo o mundo, cerca de 3 bilhões de pessoas estão com sobrepeso (IMC = 25 a 29,9 kg / m2) ou têm obesidade (IMC ≥30 kg / m2).

A obesidade é uma doença complexa relacionada a muitos fatores, incluindo aspectos biológicos, psicológicos, ambientais e sociais, todos os quais podem contribuir para o risco de obesidade de uma pessoa. A obesidade está associada a um maior risco de doença arterial coronariana e morte devido a doença cardiovascular e contribui para muitos fatores de risco cardiovascular e outras condições de saúde, incluindo dislipidemia (colesterol elevado), diabetes tipo 2, hipertensão e distúrbios do sono.

A circunferência da cintura, um indicador de obesidade abdominal, deve ser medida regularmente, pois é um sinal de alerta potencial de aumento do risco de doença cardiovascular. Mesmo se a medição do índice de massa corporal (IMC) estiver dentro de uma faixa de peso saudável, de acordo com uma nova Declaração Científica da Associação Americana de Cardiologia publicada na revista científica: Circulation; o risco aumenta consideravelmente conforme o aumento da gordura visceral.

O momento desta informação é importante pois estamos presenciando uma epidemia de obesidade desde a infância e isso contribui significativamente para a carga global de doenças cardiovasculares e inúmeras condições crônicas de saúde que também afetam as doenças cardíacas.

Uma maior compreensão da obesidade e seu impacto na saúde cardiovascular destaca a obesidade abdominal, às vezes referida como tecido adiposo visceral como um marcador de risco de doença cardiovascular. Esse marcador tem a capacidade de predizer o risco de morte por doença cardiovascular.

A medida abdominal e o IMC devem ser avaliados durante as visitas regulares de saúde porque uma circunferência da cintura alta ou uma relação cintura-quadril baixa, mesmo em indivíduos com peso saudável, pode significar um risco aumentado de doença cardíaca. A obesidade abdominal também está ligada ao acúmulo de gordura ao redor do fígado, que geralmente leva à doença hepática gordurosa não alcoólica, ou ESTEATOSE HEPATICA, o que aumenta o risco de doenças cardiovasculares.

O poder de indução de risco da obesidade abdominal é tão forte que, em pessoas com sobrepeso ou obesidade com base no IMC, baixos níveis de tecido adiposo ao redor de sua cintura e órgãos ainda podem indicar riscos mais baixos de doenças cardiovasculares.

A redução de calorias pode reduzir a gordura abdominal, e a atividade física mais benéfica para reduzir a obesidade abdominal é o exercício aeróbico. Ou seja, se você atender às recomendações atuais de 150 min / semana de atividade física isso pode ser suficiente para reduzir a gordura abdominal.

Mudanças no estilo de vida e subsequente perda de peso melhoram os níveis de açúcar no sangue, pressão arterial, os níveis de triglicerídeos e colesterol – um conjunto de fatores conhecido como síndrome metabólica – e reduzem a inflamação, melhoram a função dos vasos sanguíneos e tratam a esteatose hepática, ou gordura no fígado.

Recomenda-se para mulheres uma circunferência de cintura abdominal entre 80-88cm e homens entre 94-102cm e uma monitorização mais frequente dos fatores de risco para doenças coronarianas como rotina de saúde.

A predisposição genética, a alimentação inadequada e a inatividade física estão entre os principais fatores que contribuem para o surgimento do acúmulo de gordura no abdomen, cuja prevenção primária é um desafio mundial contemporâneo, com importante repercussão para a saúde. A adoção precoce por toda a população de estilos de vida relacionados à manutenção da saúde, como dieta adequada e prática regular de atividade física, preferencialmente desde a infância, é componente básico da prevenção.

Está comprovado que esta associação provoca a redução expressiva da circunferência abdominal e a gordura visceral, melhora significativamente a sensibilidade à insulina, diminui os níveis plasmáticos de glicose, podendo prevenir e retardar o aparecimento de diabetes tipo 2. Há ainda, com essas intervenções, uma redução expressiva da pressão arterial e nos níveis de triglicérides.

Agora, pegue uma fita métrica e avalie como está a sua circunferência abdominal! Ficou com dúvidas? Consulte o seu médico de confiança e faça uma avaliação de rotina da sua saúde cardiovascular.

Referencias:

https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000973

https://newsroom.heart.org/news/more-belly-weight-increases-danger-of-heart-disease-even-if-bmi-does-not-indicate-obesity

Cuide-se e até Breve.

Dr. Eric Sanders

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