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ERICK SANDERS

Beber vinho protege o coração?

Não há qualquer dúvida de que a ingestão não moderada de toda bebida alcoólica é nociva à saúde e se constitui em uma das causas de doenças cardiovasculares mais frequentes. Porém, numerosos estudos, desde meados do século passado, apontam evidências de que o consumo moderado de vinho reduz os riscos cardíacos.

O Consumo moderado de vinho, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é uma dose diária para mulheres e duas doses para homens; Uma dose significa 90 ml de vinho tinto ou 125ml de vinho branco.

O vinho, assim como o suco de uva, é apontado como benéfico: possui substâncias que inibem a oxidação do colesterol ruim (LDL – Lipoproteína de Baixa Densidade) e diminuem a agregação plaquetária no sangue, contribuindo para melhorar a função vascular. O consumo moderado de vinho tinto também ajuda a remodelar em poucas semanas a microbiota intestinal, cujo papel nas doenças cardiovasculares é cada vez mais reconhecido pela ciência.

A aterosclerose é uma doença inflamatória dos vasos sanguíneos. Causada principalmente por LDL elevado, radicais livres formados pelo tabagismo, diabete melito, hipertensão arterial, alterações genéticas, homocisteína elevada e infecções por Chlamydia pneumoniae e herpes virus. Tanto vinho tinto quanto suco de uva protegem contra a formação de placas ateroscleróticas em vários estudos . Em pacientes com níveis elevados de colesterol no sangue, vinho e suco de uva têm efeito vasodilatador.

A proposta do efeito protetor do vinho tinto deve ser bem considerada, mas não devemos esquecer dos seus efeitos adversos: alcoolismo, distúrbios de comportamento, síndrome fetal alcoólica, acidente vascular cerebral hemorrágico, hipertensão arterial, arritmia, miocardiopatia e morte súbita.

Estudos têm mostrado que o consumo de álcool superior a 20 gramas por dia é responsável pelo aumento na incidência de hipertensão arterial; sendo a hipertensão arterial uma das patologias cardiovasculares mais freqüente na população em geral e um dos fatores de risco para aterosclerose.  O uso do vinho neste grupo deve ser avaliado mais criteriosamente.

O vinho com melhor potencial precisa ser  de boa procedência e qualidade, sendo  o seco o melhor deles , já que o suave apresenta adição de açúcares.

E você toma vinho? Apresenta alguma alteração cardíaca? Já fez uma avaliação para saber se realmente o vinho pode ser benéfico?

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Abraço e até breve!

Dr Eric Sanders

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