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EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Poupança: Reserva de Emergência

Se você, até aqui, conseguiu relacionar as despesas e receitas do orçamento, você pôde perceber quais as despesas que estão pesando mais no seu bolso ou de que forma você está gastando seu dinheiro, a partir de então, podemos começar a refletir sobre a utilização do orçamento para planejar o futuro a médio e longo prazo.

Agora, quero lhes fazer uma pergunta: - Se, a partir de hoje, você perdesse sua principal fonte de renda, por quanto tempo você conseguiria pagar seu custo de vida mensal? Ninguém está livre de imprevistos que podem acontecer em nossas vidas, como a perda do emprego, uma doença grave, um tratamento médico, problemas mecânicos do carro, consertos urgentes da casa, etc. Para todas estas imprevisibilidades da vida, precisamos estar preparados para não se endividar, e assim é necessário e urgente termos uma poupança, ou seja, uma RESERVA DE EMERGÊNCIA.

Para uma gestão financeira pessoal, prudentemente, o mínimo necessário de reserva financeira para ocasiões inesperadas são 06 meses de sua renda total, isto é, se você tem uma renda de R$ 3.000,00 por mês, precisa ter guardado 06 x R$3.000,00 = R$ 18.000,00. Assim, você tem 06 meses para respirar e se inspirar para reequilibrar suas finanças e manter seu padrão de vida. Este montante dever ser somente gasto com emergência de fato, não se pode usar com consumo de compras de itens sem necessidade.

Logo você se pergunta, muito bom na teoria, mas como começar a juntar dinheiro para ter pelo menos a reserva de emergência?  O primeiro passo é sair do orçamento negativo, sair da CORRIDA DOS RATOS, mencionada no livro “Pai Rico, Pai Pobre” do autor de educação financeira, Robert T. Kiyosaki. Isto significa sair do esforço sem fim, como se fosse um ratinho hamister correndo sem sair do lugar, girando a roda da vida, em trabalhar somente para pagar boletos. Então, precisamos fazer um esforço inicial mínimo de gastar menos do que se ganha. Com o orçamento apertado, a dica é: passar um pente fino em todos os gastos e cortar aqueles considerados supérfluos, como são as assinaturas de produtos e serviços que, mesmo pouco usados, continuam sendo pagos na fatura do cartão de crédito, ou outros serviços que você mesmo pode estar fazendo. Outra reflexão pessoal é: - Será que não existe alguma coisa que eu possa mudar no meu padrão de vida e que me dê mais folga financeira? É preciso mudar de hábito: PARA SE TER RIQUEZA E ABUNDÂNCIA, PAGA-SE PRIMEIRO! Assim, deve-se reservar primeiro uma parte de sua renda, para construir a reserva de emergência.

Vamos imaginar que você já conseguiu compor seu fundo de emergência correspondente a seis meses de sua renda total, e agora? Onde guardar esse montante? Toda aplicação financeira tem três fatores a ponderar na sua escolha, à saber:

1) LIQUIDEZ: corresponde ao tempo que uma aplicação pode se transformar em “dinheiro vivo”, em outras palavras, o momento e a velocidade que posso usar o dinheiro. Exemplo: liquidez diária quer dizer que posso usar a qualquer hora, é o dinheiro disponível de imediato.

2) RISCO: risco significa qual a probabilidade do capital investido ficar zerado ou negativo. Exemplo: aplicação em ações é mais ariscado que aplicar em poupança que não tem variação negativa.

3) RENTABILIDADE: é quanto rende de juros o seu capital investido. É a parte que todos querem saber, mais nem todos prestam atenção nos dois itens anteriores, RISCO e LIQUIDEZ, que fazem os juros ficarem maiores. De maneira geral quanto maior o risco e menor a liquidez e maior é o retorno. Exemplo de possibilidade de retorno maior: fundos de investimento a longo prazo, prazo médio acima de 365 dias.

Dessa maneira para aplicar a reserva de emergência, o mais indicado são aplicações com liquidez diária, risco baixo e rentabilidade positiva, sem grandes oscilações, pois precisam estar disponíveis de forma imediata para cobrir necessidades de imprevistos. A primeira opção que vem na mente das pessoas é a Poupança, mas ela tem uma peculiaridade: o pagamento dos juros não é diário, a rentabilidade é mensal, e acontece somente no dia do aniversário do depósito. Então, se você resgatar valores fora da data de aniversário, você perde o juro total do mês. Uma dica de aplicação com pouca oscilação, com risco baixo e rentabilidade diária, pode ser um CDB (Certificado de Depósito Bancário), que todos os bancos têm e com garantia pelo Fundo Garantidor de até R$ 250.000,00 por CPF.

Neste momento, não vamos nos aprofundar nas questões de aplicações financeiras, pois teremos um artigo específico para isto. O nosso próximo passo será estudar o pilar Planejamento Financeiro, que aborda outros tipos de reserva financeira e junta os assuntos anteriores, relacionando-os com a gestão do seu orçamento.

Ademais, seguimos juntos, praticando e divulgando a todos uma educação financeira simples e de resultado.

Até breve.

Juscelino Gaio

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