Todos nós, que vivemos em sociedade, necessitamos prover nossas necessidades diárias através de nossa renda, movimentamos o ciclo da economia e do consumo através de algumas ações diárias, como: trabalhar, comprar, receber, contratar, investir, pagar, ir e vir, e diariamente este processo se repete. A chave para realizar tudo isso sem dores de cabeça é a organização, que assim como na sua vida pessoal, a sua vida financeira também precisa acompanhar o seu ritmo, ou seja você, precisa viver de acordo com a sua situação financeira. Certo, fácil para quem já faz seu planejamento e anda com a finanças em dia, e para quem está na dificuldade? A receita já lhes foi passada por aqui, não existe mágica ou fórmula secreta. Se sua renda não acompanha seus gastos, você precisa diminuir seus gastos, estudar uma forma de aumentar a renda ou rever dentro de seu processo de vida as suas prioridades.
Os pilares da educação financeira que estão sendo apresentados, poderão ajudá-los a entender melhor como controlar suas finanças e seu dinheiro, para que, além de trabalhar e pagar boletos, você possa prosperar e alcançar seus objetivos. E seu eu lhe perguntar: - Para você, o que é planejar? Ou melhor, quais são seus planos hoje? E para amanhã? Um pouco difícil e demorada essa resposta. Ou ainda mais difícil, quais as suas ações para alcançar estes objetivos? Planejar deve ser um processo continuo, é como acordar toda manhã, deve-se ter um propósito, nem que seu propósito inicial seja abrir os olhos, levantar e tomar um café. Vocês lembram do livro “Alice no País das Maravilhas” do autor Lewis Carroll, no diálogo de Alice com o gato:
· Gato, podes me dizer qual o caminho que eu devo tomar? Perguntou Alice ao gato.
· Isso depende muito do lugar para onde você quer ir. - disse o Gato.
· Eu não sei para onde ir! – disse Alice.
· Se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve.
Desse mesmo modo se você não sabe onde quer chegar, qual seu objetivo, qualquer coisa serve, então não terá foco. Dessa maneira, para gerar o Planejamento Financeiro Pessoal, existem alguns passos a saber:
1. Comece organizando seu orçamento: Enumere sua renda e suas despesas mensalmente, e fixe alguns objetivos. Crie o hábito da gestão do orçamento, para identificar em qual item do orçamento está indo seu dinheiro e se seu plano está seguindo o combinado. Se não está de acordo com o planejamento dos seus objetivos financeiros adeque seu padrão de vida, reduzindo seus custos fixos. Acompanhe casa despesa, coloque cada gasto em categorias de despesas fixas, variáveis e de reservas, na proporção de 50/30/20, ou seja, Despesas Fixas 50%, Despesas Variáveis 30% e Reservas 20%. À medida que seu custo de vida vai ficando menor, suas despesas fixas reduzem na medida que suas reservas aumentam.
2. Defina seus objetivos financeiros: o que você quer fazer com o dinheiro que irá economizar: casa, aposentadoria, férias, faculdade para filhos, fazer uma curso de aperfeiçoamento na sua área de atuação, viajar e conhecer países, lugares e culturas diferentes, estudar formas de empreender em negócios digitais, etc. Poupar com objetivo intensifica a vontade de esforço para usar no futuro o dinheiro que no presente se acumula na jornada das suas escolhas de consumo diária.
3. Criar Reserva para Objetivos: Além de conceber a reserva de emergência para eventualidades e incertezas, precisamos conceber a Reserva para Objetivos, pois só teremos vontade e energia para guardar dinheiro se tivermos foco no objetivo financeiro. Para que poupar se não sabe para que usar? Forme várias “caixas” de aplicação financeira para suas metas financeiras, exemplo: Viajem de Férias, e colocar separadamente no orçamento pessoal, e toda vez que você for tentado a desperdiçar seu rico dinheiro com supérfluos e exageros de consumo, vai pensar estou economizando para a Viagem. Comece pequeno, se seu orçamento está apertado, guarde o máximo que conseguir, seja consistente, persistente e perseverante.
Entretanto para começar esses passos anteriores precisamos acima de tudo, quitar as dívidas, principalmente se tiver dívidas de curto prazo, como dívidas do rotativo do cartão de crédito e juros de empréstimo pessoal sem finalidade definida, como CDC (crédito direto ao consumidor). Os débitos são os freios dos seus objetivos. Segundo fonte do CNC (Confederação Nacional do Comércio), no Brasil o endividamento das pessoas alcançou o maior nível histórico já registrado: 77,9% da população. O último levantamento do Serasa mostrou que 69,43 milhões de pessoas entraram 2023 com nome restrito. Um bom assunto para nosso próximo e último pilar: Crédito Consciente, como não cair na tentação de contrair um empréstimo por facilidade e sem medir os esforços,
Ademais, seguimos juntos, praticando e divulgando a todos uma educação financeira simples e de resultado.
Até breve.
Juscelino Gaio
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