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EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Entendendo as Taxas de Juros no mercado financeiro

Assim como quem tem uma casa e aluga para outra pessoa morar, os juros são o rendimento de quem tem o capital para emprestar. Do mesmo modo que, quando uma pessoa paga R$2 mil de aluguel para o dono de uma casa que vale R$200 mil quem tem empréstimo bancário tem a despesa de juros. No caso se for o mesmo capital e pagamento de juros, ou seja, a proporção de 2mil para 200 mil, os rendimentos serão os mesmos, rentabilidade de 2.000/200.000,00*100 = 1,00% ao mês.

Por isso, é importante compreender como a taxa de juros favorece os melhores resultados nas aplicações financeiras e as melhores taxas para obtenção de crédito. Falando-se em taxa de juros, chegamos novamente na Taxa SELIC - a taxa básica de juros da economia, que influencia todas as taxas de juros do país.

O QUE É TAXA DE JUROS PARA CRÉDITO E INVESTIMENTOS?

A taxa de juros é um índice aplicado em produtos financeiros principalmente ligados ao mercado de crédito, e também utilizados pelo governo para incentivar ou reprimir a demanda de uma economia. Dessa forma, o índice é utilizado para remunerar o dinheiro ao longo do tempo, além de remunerar empréstimos, financiamentos e investimentos.

QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS TIPOS DE JUROS?

Existem diferentes tipos de taxas de juros. Cada tipo de juros pode ser utilizado para uma função diferente, varia de acordo com o serviço adquirido e com as condições acordadas entre o cliente e a instituição financeira.

JUROS SIMPLES - são aqueles que incidem apenas sobre o valor inicial e não alteram durante o período até o pagamento. Esse tipo de taxa de juros é pouco utilizado no mercado de crédito. Exemplo: uma pessoa que toma um empréstimo de R$ 100,00 com 10% de juros simples. Ao final do período de empréstimo ela terá que pagar o valor de R$ 110,00, independente de qual for o período acordado. JUROS COMPOSTOS - também conhecido como “juros sobre juros”, são os mais utilizados no mercado de crédito, sobretudo em empréstimos e financiamentos, e utilizados na remuneração de investimentos de renda fixa. Caso uma pessoa contrate um empréstimo com taxa de 1% ao mês no regime de juros compostos, os juros incidirão mensalmente sobre o montante, capital mais juros.

JUROS DE MORA - é a taxa que incide sobre o valor do acordo com o período de atraso, representa uma indenização por pagar após o vencimento. É bastante comum em relação a contas em atraso, usualmente o percentual do juro vem descrito no boleto ou na fatura.

JUROS NOMINAIS – são os juros sem considerar a inflação, exemplo: se uma aplicação rende 1%, não significa que teve uma aumento real de 1% do capital investido, apenas um aumento nominal.JUROS REAIS – é utilizada para calcular o ganho real ao longo do tempo. Juro real = Juro nominal – Taxa de inflação.

JURO ROTATIVO - é o juro que incide sobre um valor parcial que não foi pago. Esse juro é muito utilizado em faturas de cartão de crédito e cheque especial. Representam uma das maiores taxas de juros do mercado.

JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO - é uma forma de distribuição de lucro bastante comum entre algumas empresas de capital aberto, pagos aos seus acionistas. Após o pagamento há a incidência de Imposto de Renda, contrário dos Dividendos, em que o lucro é dividido, depois de descontado os impostos.QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS TAXAS DE JUROS DOS INVESTIMENTOS?

As principais taxas de juros no Brasil nos investimentos podem ter modalidades diferentes, variam de acordo com cada tipo de investimento.

JUROS PREFIXADOS - são utilizadas em uma série de investimentos de renda fixa. Os principais ativos que podem utilizar essa forma de remuneração são títulos do tesouro prefixados, 

CDBs (Certificado de Depósito Bancário)

, CRI, CRA, entre outros. No caso dessa modalidade de remuneração, o investidor acorda uma taxa de rentabilidade por determinado período e essa taxa não sofre alteração. Dessa forma, o investidor no momento que realiza a aplicação sabe exatamente o valor que receberá ao final do período.JUROS PÓS-FIXADOS - a rentabilidade do ativo investido dependerá das variações das taxas de juros ou da inflação. Ou seja, caso um investidor invista em uma LCI a 100% do CDI, a remuneração desse ativo irá variar de acordo com as variações do CDI. A remuneração pós-fixada costuma ser utilizada em 

LCI e LCA

. Além disso, também é comum a utilização desse tipo de rentabilidade em títulos do tesouro nacional, como o Tesouro Selic e o 

Tesouro IPCA

, que dependem das variações dessas duas taxas. Ou seja, no caso dessa forma de remuneração, a rentabilidade do investimento pode ser até mesmo negativa. Caso haja deflação, por exemplo, o 

Tesouro IPCA

 tende a ter uma perda nominal do seu valor.

JUROS HÍBRIDOS - mescla juros prefixados e juros pós-fixados. Investimentos com remuneração desse tipo costumam ter um valor fixo adicionado de um valor variável.

Por exemplo, é possível encontrar no mercado títulos de renda fixa cuja remuneração é, por exemplo, 1% + CDI. Nessa mesma lógica, há inclusive títulos do tesouro direto que mesclam uma taxa fixa a uma taxa variável, como o CDI ou IPCA. Títulos com remuneração híbrida costumam ser interessantes para investidores que querem se proteger contra um índice, como a inflação, e ainda ter algum ganho. Dessa forma, essa é uma modalidade bastante comum no mercado.

Então, qual é o melhor investimento? Isso veremos na semana que vem. Ademais, seguimos juntos, praticando e divulgando a todos uma educação financeira simples e de resultado.

Até breve.

Juscelino Gaio

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