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Crédito Consciente: use com moderação!

O crédito é uma solução para que seus sonhos e objetivos sejam realizados antes de ter dinheiro para comprar à vista, mediante acréscimo de juros, e, se não usado corretamente, a alavanca se torna um problema. Este se torna eminente quando ultrapassa a capacidade máxima de pagamento em relação a sua renda total ou não tem aumento da renda para pagar esse aumento de despesa (juros), ou ainda, não tenha controle do orçamento. Assim, antes de pedir empréstimos ou financiamentos é preciso parar, pensar, se organizar e comparar alternativas! O modo prático de usar o crédito, para alavancar seu patrimônio ou uma necessidade inesperada, é fazê-lo de forma criteriosa, observando os benefícios, riscos, e análise da real necessidade imediata.

Na primeira fase é necessário fazer um exame: se o que você vai adquirir através de crédito é necessário, de muita utilidade, ou apenas desejo. Normalmente a contratação de linhas de crédito é destinada à aquisição de bens ou serviços, construção, obras ou transferência para outra instituição de crédito. Podemos citar a aquisição de um novo veículo. Se a opção for trocar apenas para ter um novo modelo de carro, isto representa um desejo, então pode-se esperar para fazer um planejamento e comprar sem pagar juros. Agora, se o veículo que você possui hoje está onerando suas despesas por diversos problemas mecânicos, de modo que prejudique o andamento da sua vida e de seu trabalho, isso é uma necessidade. Quitar dívidas de juros maiores com dívidas de juros menores é a forma mais inteligente de usar o crédito a seu favor! Exemplo: juros de cartão de crédito, quando não paga a fatura na data do vencimento, estão na casa de mais de 10% ao mês! Melhor é fazer um empréstimo para quitar com juros menores ou renegociar com redução e extinção de multas e juros de atraso. A contratação de um empréstimo precisa estar dentro do orçamento, de forma saudável para não ultrapassar mais que 30% do total de todas as suas rendas.

Vamos supor que a necessidade seja comprar um carro para usar na sua atividade empresarial de prestação de serviços, e após saber que não tem alternativa à vista, será necessário contratar uma forma de crédito, através de um empréstimo ou financiamento. Para favorecer a justa competição entre os agentes de crédito e ajudar o consumidor a comparar o custo total do crédito, existe algo chamado: CET (Custo Efetivo Total). O CET corresponde a todos os encargos e despesas incidentes nas operações de crédito e de arrendamento mercantil financeiro, contratadas ou ofertadas, composto por: juros, tarifas, tributos, seguros, e outras despesas vinculadas e pactuadas na operação, inclusive as relativas ao pagamento de serviços de terceiros contratados pela instituição, de responsabilidade do tomador, mesmo quando essas despesas não forem inseridas no valor do crédito concedido. Dessa maneira, para comparar um banco com outro na taxa, deve-se pedir o CET, e não a taxa de juros do financiamento. Exemplo: Quando se divulga as taxas a partir de 0,99% ao mês, quando pede o CET é de 1,80% ao mês, com certeza tem taxas de contrato, comissões e outras despesas que anteriormente foram omitidas num primeiro momento. A dica prática é comparar o valor da parcela, por exemplo, carro financiado de R$100 mil com 50 parcelas de R$3 mil comparados com 50 parcelas de R$2.500,00, prefere-se esse último de valor menor para o mesmo prazo.

No mercado financeiro, podemos citar algumas modalidades, mais usuais, para obtenção de crédito, a saber:

1)Cartão de crédito: é uma forma de empréstimo rotativo. Após pagar/fechar a fatura, o limite de compras retorna para utilização. É necessário utilizar com muita responsabilidade, pois o valor da fatura pode ultrapassar o valor da renda. A questão do uso do cartão de crédito é pagar a fatura integral no seu vencimento. Muitas vezes o problema está na facilidade de utilização e na falta de controle, pois quando somadas as compras e as parcelas, o valor se torna um grande montante. Quando a pessoa acaba pagando somente o valor mínimo da fatura, ela entra em um crédito rotativo, com juros de mais de 10% ao mês. É a maior inadimplência do mercado, pela facilidade de se conseguir vários cartões de vários bancos, com uma diversidade de ofertas. Mas se usado com responsabilidade pode lhe trazer benefícios, como ganhar prazo para pagamento (pagamento das compras somente no vencimento do cartão), milhas para viagens, troca de mercadorias através de pontos acumulados, e dinheiro de volta (cash-back);

2)Financiamento: usado com finalidade de compra de algum bem maior, como um carro ou casa. Normalmente são empréstimos a longo prazo para pagamento, e o bem adquirido fica em garantia no financiamento;

3)Cheque Especial: limite da conta corrente, após o cartão de crédito, é o mais caro do mercado, somente deve ser usado por urgência/emergência;

4)Crédito Pessoal: É o empréstimo sem finalidade específica, o crédito pode ser usado para pagar qualquer conta, tem objetivo de uso geral, por conta disso o valor de juros são maiores que o financiamento;

5)Consórcio: É uma compra em grupo, reunindo pessoas interessadas em comprar um bem, e todo mês poupam uma parcela para um fundo comum. Os custos envolvidos são a taxa de administração e correção dos bens. A compra é planejada, todo mês são contempladas duas pessoas para comprar o bem, um por lance (quem ofertar a maior entrada) e um por sorteio. A garantia é que em algum momento o adquirente será contemplado, seja por sorteio, lance ou no final do pagamento das cotas, fazendo assim uma poupança a longo prazo, se assim o desejar;

6)Empréstimo Consignado: É um empréstimo com taxas menores que um crédito pessoal comum, pois o risco de crédito se torna menor pelo fato de descontar o valor diretamente da folha de pagamento do assalariado.

Diante do exposto, antes de contratar ou utilizar algumas dessas formas de crédito, precisamos pesquisar as modalidades, taxas, tarifas e demais custos, de modo a reduzir o valor da parcela, e que possa além de caber no bolso, não ultrapassar o valor de sua capacidade de pagamento.

Ademais, seguimos juntos, praticando e divulgando a todos uma educação financeira simples e de resultado.

Até breve.

Juscelino Gaio

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