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O necessário deserto

A vida é cheia de incertezas e surpresas, e muitas vezes nos deparamos com situações que fogem completamente ao nosso controle. Por mais que planejemos e tentemos prever o que está por vir, a realidade é que não temos total domínio sobre os acontecimentos que nos cercam. Diante dessa verdade, é essencial cultivar a resiliência — a capacidade de se adaptar, enfrentar e superar as adversidades, mantendo a força e a esperança, mesmo quando o caminho se mostra desafiador.

Ser resiliente não significa ignorar a dor ou fingir que as dificuldades não existem. Pelo contrário, é reconhecer o impacto das situações difíceis e, ainda assim, encontrar uma maneira de seguir em frente com coragem e determinação. A resiliência nos ensina a aprender com os momentos de crise, a crescer com os desafios e a valorizar ainda mais as pequenas conquistas da vida.

Portanto, quando algo inesperado nos surpreender, é importante lembrar que, embora não possamos controlar todos os eventos ao nosso redor, temos o poder de escolher como vamos reagir a eles. A resiliência é a chave para transformar obstáculos em oportunidades de crescimento e para manter a serenidade em meio à tempestade. Ela é o alicerce que nos ajuda a avançar, mesmo quando o caminho parece incerto.

A vida é pródiga em estímulos. Portanto, quanto mais alimentarmos o bem e o carinho, mais qualidade de vida e bem estar teremos. E isso exige um pouco de si mesmo. Só nos tornamos melhores no misterioso silêncio do deserto, lá as tempestades de areia nos promovem reflexão, interiorização e respostas hábeis a seguir.

Somos a persona com conhecimento e consciência, com emoções e uma única certeza, a felicidade não é deste mundo. Então, por mais que as distrações mundanas pareçam o suprassumo e o auge da existência, trata-se apenas de modismos frívolos.
Nas tradições do judaísmo, Moisés vagou pelo deserto para libertar o povo da escravidão no Egito, João Batista buscou a solidão no deserto antecipando Jesus que jejuou 40 dias e 40 noites no deserto. O deserto pode ser nossa metáfora para um local solitário para reflexão. Um momento em que precisamos conversar com a própria consciência, nada mais.

O equilíbrio íntimo é descoberto na solidão e com a auto identificação há realmente uma liberdade que nos levam a uma evolução espiritual. Pois, podemos nos esconder de todos, criar artimanhas que nos afastam do verdadeiro êxito da vida. Não se enganem dinheiro e poder são efêmeros, passam, e bem rápido. O solilóquio chegará e ou trará paz na alma ou as angústias de um inferno.

A vida existe para desenvolver a moralidade. Não sejam atropelados pelas futilidades e vaidades. Até podemos viver numa sociedade que tudo se explica e nada se culpa, até podemos ser governados pelo ‘sistema’, até podemos nos embriagar pelas ‘grandiosidades’ que a vida da rede social e dos ‘coachs’, mas a realidade sobre a vida, essa conta, um dia chega.

São atos simples, ações sutis que nos fazem crescer verdadeiramente. São as pequenas tarefas diárias, normalmente, das pessoas mais comuns que sustentam o mundo.

A histeria e a necessidade de aparecer como um grande modelo (influencers) criando protagonismos que não existem podem nos levar a grandes quedas. Mas quando te sentires na encruzilhada de conflitos e angústias, busque o ‘deserto’ e no silêncio, aceite a espiritualidade e Jesus como guia infalível para realizações que sequer importarão totalmente nesse mundo.

Viva a riqueza de uma vida comum e vez ou outra busque o necessário deserto.

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