Por DAMARIS BADALOTTI, Advogada especialista em Direito de Família e Sucessões, em Ciências Penais e membro do Instituto Brasileiro de Direito de Família
"Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível." LeLivros.
Totalitarismo disfarçado de compaixão e vitimismo são um excelente veículo para disfarçar a desonestidade e falta de caráter, especialmente num povo que adora o improviso, não gosta de estudar, não gosta de se esforçar e, muito menos, não gosta de ter metodologia.
O famoso jeitinho brasileiro resumido em uma frase: vamos pelo caminho mais fácil?
A expressão jeitinho brasileiro, ou simplesmente jeitinho, refere-se de modo abrangente à maneira que o povo brasileiro teria de improvisar soluções para situações problemáticas, usualmente não adotando procedimentos ou técnicas estipuladas (e estudadas) previamente. Às vezes, o jeitinho brasileiro nas camadas mais 'especializadas na artimanha' criam dificuldades para 'vender' facilidades.
Verdade é que temos que parar de jogar a culpa para os políticos quando na esquina de casa ou dentro de nossas próprias casas o jeitinho brasileiro impera.
Disfarçados pelos anseios sociais alguns dirigentes buscam empatia e fomentam a divisão de grupos para se perpetuar no poder, fomentar a desordem e neste caos, desviarem recursos. Essa é a inflamação amiga: a mão que bate é a mão que afaga. O modus operandi é sempre o mesmo, desde o Governo Federal até a quermesse do bairro.
Outra verdade inquestionável: quanto mais centralizado um sistema: mais corrupto ele é. A direção sem amarras e sem regras possibilita as mais diversas facetas da mesma moeda. Decisões isoladas que se aproveitam a outros fins. O poder indisciplinado gera Castros e Maduros no comando.
Nosso maior exemplo de totalitarismo disfarçado de amor foi o Lulismo. O carisma e proximidade do povo, o pobre torneiro analfabeto que virou presidente, com a maior e mais deslavada prática, instituiu o maior mecanismo de corrupção anotado na história! Nunca na história deste país se verificou tamanha roubalheira (nem pelos Portugueses colonizadores). Mas sabe o que é mais surpreendente? Até mesmo para a prática ilícita há uma sistematização.
O problema nunca foram os recursos, mas os meios. É mais fácil ajudar a corromper o sistema do que depurá-lo.
A Lava Jato foi o demonstrativo de que as gangues do colarinho branco não estão isentas. E por mais que se tentasse desmoralizar esse avanço e seus protagonistas, ela se mostra persistente e indestrutível. É difícil lidar com a realidade de que todo movimento tem uma válvula propulsora que a impulsiona, mas que não é isenta da visibilidade e de sistemas mais aprimorados (feito por pessoas mais inteligentes). E, em nosso país, essa característica do jeitinho é da personalidade perversa que temos; da ideia de conseguir a resolução fácil e o dinheiro alheio sem mérito e esforço. O que realmente desagrada é a falácia do ser bonzinho na frente das pessoas, nas mídias sociais e enquanto ninguém vê promover dilacerantes pactos para o ilícito.
Esse é o Brasil, esse é o Brasil feito por brasileiros, o bem contra o mal, venha a nós o vosso Reino e desfrute as consequências do que você mesmo promove.

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