EDITORIAL 341

O que nos cabe

Temos de fazer também a nossa parte, pois não só de direitos é feita uma sociedade

É recorrente as reclamações contra os serviços públicos em todas as partes do mundo. Uma minoria com ideais socialistas, que diz representar o povo, vive protestando e exigindo cada vez mais de uma máquina pública que já extrapola a capacidade de absorção pela sociedade produtiva.

Na mesma direção vem os Ministérios Públicos Federal e Estadual exigindo mais e mais dos administradores públicos dificultando cada vez mais a continuidade de programas essenciais para as comunidades. Exigem que novos programas sejam desenvolvidos mesmo sem os repasses devidos pelas esferas federais e estaduais. Exigem novas contratações, através de concursos, perpetuando servidores nem sempre produtivos na estrutura arcaica dos poderes constituídos. Exigem que as administrações desenvolvam programas que estão previstos nas Leis, mas apenas para municípios com mais de 30 ou 50 mil habitantes. Enfim, administram os municípios.

Nos cabe no momento é saber analisar, diferenciar o certo do errado, separar o joio do trigo, pois estamos ao final de um túnel, onde uma minoria que brada, grita, berra, em nome do povo e este, humilde e sem acesso a educação e cultura, nem mesmo sabe do que se trata tais reivindicações.

Chega de dependermos do poder público para tudo. Temos de fazer também a nossa parte, pois não só de direitos é feita uma sociedade, mas sim de deveres que devem ser cumpridos para que todos tenhamos igualdade. Não a igualdade socialista onde um trabalha para muitos viverem de benesses, mas sim onde todos trabalham para que juntos conquistem uma vida melhor.