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Explosão no Morro dos Cavalos impulsiona novo protocolo de emergência em SC
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Foto: Reprodução/Arteris Litoral Sul/ND Mais - Acidente aconteceu em abril deste ano e destruiu 25 veículos
Santa Catarina cria protocolo inédito com bases regionais para respostas rápidas a emergências com produtos perigosos, após explosão no Morro dos Cavalos.
O acidente que expôs falhas e mudou tudo
Você já se perguntou por que um simples acidente na rodovia pode paralisar uma região inteira por horas? Em 12 de abril de 2025, um caminhão-tanque carregado de álcool etílico colidiu com uma mureta, tombou e explodiu no Morro dos Cavalos, na BR-101, em Palhoça, Grande Florianópolis. O fogo se espalhou rapidamente, destruindo 25 veículos e ferindo seis pessoas – duas delas no próprio caminhão, conforme relatos da ND Mais.
Os dois sentidos da rodovia ficaram interditados por mais de 12 horas. O grande vilão? A demora no transbordo da carga perigosa, já que o transportador não providenciou um veículo receptor a tempo. "Sem essa etapa, não era possível destombar e remover o caminhão com segurança", explicou o tenente-coronel Davi dos Santos, gerente de Produtos Perigosos da Secretaria de Proteção e Defesa Civil de SC (SPDC), em entrevista à ND Mais.
Esse episódio não foi só uma tragédia isolada: ele revelou a necessidade urgente de um sistema mais ágil para lidar com produtos perigosos, como combustíveis e químicos transportados por rodovias movimentadas como a BR-101.
Novo método inédito: resposta em até 3 horas em todo o estado
Oito meses depois, o Governo de Santa Catarina lançou um protocolo revolucionário, estruturado pela SPDC, para respostas emergenciais a vazamentos ou acidentes com produtos perigosos. O investimento? Cerca de R$ 1,2 milhão. O grande diferencial é a garantia de atendimento inicial por uma empresa especializada em até três horas, cobrindo todas as regiões do estado.
Mas como isso funciona na prática? O modelo usa uma Ata de Registro de Preços, vigente por um ano, que só é ativada em casos reais de emergência. Não há desperdício: cobra-se por hora efetivamente trabalhada, com 100 horas disponíveis para cada um dos quatro níveis de ocorrência – classificados por complexidade, volume de vazamento e tipo de resíduo a descartar.
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A empresa contratada assume toda a operação, incluindo descarte de até 100 metros cúbicos de resíduos (se o estado optar por isso). A SPDC fica com a fiscalização e medição. "Foi um modelo construído com muito cuidado, a partir de estudos e de reuniões com empresas que atuam nesse segmento", destacou o tenente-coronel Davi dos Santos.
Bases regionais: o segredo para rapidez e segurança
E se o acidente acontecer longe de Florianópolis? É aí que entra a inovação: a empresa deve ter bases operacionais regionalizadas, com distância máxima de 200 km das cidades de Chapecó, Criciúma, Lages e Joinville – mais Florianópolis como polo natural da Grande Florianópolis. São, no total, cinco regiões cobertas, reduzindo drasticamente o tempo de chegada.
Para o secretário de Proteção e Defesa Civil, Mário Hildebrandt, "emergências com produtos perigosos não permitem improvisos, e a regionalização das bases é essencial para reduzir o tempo de resposta, aumentar a segurança das equipes e minimizar os impactos". Na prática, isso significa rodovias liberadas mais rápido, menos riscos ambientais e vidas preservadas – especialmente em um estado com alta circulação de cargas perigosas.
Lições do Morro dos Cavalos e o que esperar daqui para frente
O acidente de abril motivou essa celeridade: o governo autorizou a SPDC a intervir diretamente, contratando especialistas em químicos. Antes, a responsabilidade caía só no transportador, o que gerava atrasos como os 12 horas de interdição.
Agora, imagine o impacto em termos reais: menos engarrafamentos eternos, menor contaminação de solos e rios, e equipes treinadas lidando com o caos inicial. Mas e você, motorista ou morador de SC, já parou para pensar no risco diário de transportes perigosos nas suas rotas? Esse protocolo não só corrige falhas passadas, mas pavimenta um futuro mais seguro para todos.
Fonte: NDmais
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