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Joinville registra 734 multas por invasão de ciclovias em 2025 (2/dia), superando 2024, com malha de 278 km expandida em 106 km

Multas por invasão de ciclovias em Joinville batem 2 por dia em 2025

Joinville, a maior cidade de Santa Catarina, vive um dilema no trânsito: o espaço das ciclovias e ciclofaixas, feito para pedalar com segurança, tem sido invadido por carros e motos. Até novembro de 2025, a Guarda Municipal aplicou 734 multas por descumprimento dessas regras – uma média de duas por dia. Esse número já supera o ano passado e levanta uma pergunta inevitável: será que a expansão das vias para bikes está acompanhando o respeito dos motoristas?

Os dados, divulgados pela Secretaria de Proteção Urbana e Mobilidade de Joinville, mostram um cenário de crescimento nas infrações. Vamos aos detalhes para entender o que está acontecendo nas ruas.

Números das multas: 2025 já ultrapassa 2024, mas fica atrás de picos anteriores

Em 2025, até o fim de novembro, foram lavradas 734 autuações por invasão de ciclovias e ciclofaixas. Isso equivale a mais de 60 multas por mês, com foco em veículos que circulam, param ou estacionam nessas áreas exclusivas para ciclistas.

Comparado a 2024: 659 multas no ano todo – ou seja, 2025 já é 11% maior, mesmo sem dezembro.
Picos históricos: Em 2022 e 2023, Joinville registrou mais de 1 mil infrações anuais cada, um alerta para o problema crônico.

A infração mais recorrente? Estacionar sobre ciclovias ou ciclofaixas, com exatas 300 notificações em 2025. Na prática, isso significa motos e carros ocupando o espaço vital para quem pedala, aumentando riscos de acidentes. Por quê isso persiste? Muitos motoristas alegam falta de vagas ou pressa, mas a lei é clara: o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), no artigo 181, prevê multas de R$ 130,16 a R$ 195,23, além de pontos na CNH.

Malha cicloviária de Joinville: 278 km e um salto de 106 km em seis anos

Enquanto as multas sobem, a infraestrutura para ciclistas avança. Hoje, a cidade conta com 278 quilômetros de vias dedicadas, segundo a Secretaria de Pesquisa e Planejamento Urbano (SPPU). Desse total:

219 km de ciclofaixas (pintadas na rua, compartilhadas com calçadas em alguns trechos).
O restante em ciclovias segregadas, ciclorrotas e calçadas compartilhadas.

Há seis anos, eram apenas 172 km – um crescimento de 62%, ou 106 km a mais. Projetos recentes, como as ciclofaixas na BR-101 e no entorno do Centreventos Cau Hansen, mostram o compromisso da prefeitura com a mobilidade sustentável. Mas será que basta expandir? Especialistas em trânsito, como os do Instituto de Planejamento Urbano de Joinville, defendem que educação e fiscalização mais rigorosas são essenciais para o "porquê" desse descompasso.

Implicações para ciclistas e motoristas: convivência possível?

Para quem pedala diariamente, essas invasões não são só estatística: representam perigo real. Um estudo da SPPU indica que acidentes com bikes em Joinville caíram 15% nos últimos dois anos, graças à malha ampliada, mas infrações como essas anulam parte dos ganhos. Já para motoristas, as multas servem de lembrete: respeitar o espaço alheio evita prejuízos no bolso e na pontuação da habilitação.

Na prática, uma dica útil para evitar problemas é planejar rotas com apps como o Moovit ou o Strava, que mapeiam ciclovias seguras em Joinville. E para a cidade? Autoridades planejam campanhas educativas em 2026, além de mais guardas nas vias críticas.

Em resumo, os 734 casos de 2025 sinalizam que Joinville precisa equilibrar crescimento da infraestrutura com cultura de respeito no trânsito. Os números falam por si: duas multas por dia é muito para uma cidade que quer pedalar para o futuro.

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