Vencendo na vida

Bebê de Pomerode Vence 235 Dias de Internação e Chega ao Lar

  • Cecília durante a internação (Foto: Arquivo Pessoal) - A história da bebê de Pomerode que enfrentou 235 dias de internação em uma luta pela vida

A "pequena leoa" Cecília Kohls superou 235 dias internada por hérnia e cardiopatia, chegando ao lar em Pomerode com apoio do SUS e comunidade.

Cecília Kohls, com apenas oito meses, já carrega uma história de coragem que emociona Pomerode e o mundo todo. Apelidada de "pequena leoa" pela família, a bebê prematura venceu meses de internação no Hospital Infantil de Joinville e, no dia 5 de dezembro, pisou pela primeira vez no próprio lar. Mas o que torna essa trajetória tão inspiradora? Vamos mergulhar nos detalhes dessa jornada, que une fé, ciência e apoio comunitário.

O nascimento prematuro e os primeiros desafios

Tudo começou com o nascimento prematuro de Cecília, filha da jornalista e pesquisadora Chirlei Kohls. Logo nos primeiros dias, veio o diagnóstico: hérnia diafragmática congênita e cardiopatia congênita. Segundo a médica Thayane Damásio, a hérnia é uma condição em que órgãos do abdômen, como o intestino, sobem para o tórax e comprimem os pulmões, dificultando a respiração.

Aos dois dias de vida, Cecília passou por uma cirurgia corretiva para a hérnia. O procedimento foi bem-sucedido, mas o quadro exigiu uma traqueostomia — um tubo na traqueia para ajudar na respiração. Esses desafios iniciais lançaram as bases para os 235 dias de internação, dos quais 90 foram na UTI neonatal. Imaginem os pais lidando com isso: angústia diária, mas também pequenos triunfos, como o primeiro colo ou o "mesversário" celebrado entre monitores e médicos.

Vida no hospital: amigos, celebrações e superação diária

O Hospital Infantil de Joinville virou o mundo de Cecília por quase oito meses. Ali, ela ganhou não só cuidados médicos, mas laços afetivos profundos. Profissionais da saúde se tornaram amigos da família, lendo histórias para dormir e comemorando cada avanço. Fora dos muros do hospital, a torcida cresceu: Chirlei compartilhava atualizações nas redes sociais, recebendo mensagens de apoio de conhecidos e até desconhecidos.

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Essa rede de solidariedade fez toda a diferença. Amigos e familiares prepararam a casa em Pomerode, adaptando o espaço com equipamentos necessários. "A angústia nos dias ruins e a alegria nos progressos foram vividos juntos", relata Chirlei em suas postagens. Essa visibilidade nas redes sociais destaca um ponto importante: em tempos de vulnerabilidade, o apoio coletivo pode transformar o impossível em realidade.

A emocionante alta e a recepção em Pomerode

No dia 5 de dezembro — um "milagre de Natal antecipado" —, Cecília recebeu alta. Os corredores do hospital se encheram de amigos da família para uma despedida repleta de lágrimas e aplausos. Ao chegar em Pomerode, a recepção foi ainda mais especial: cartazes, música personalizada e abraços de uma comunidade inteira.

Agora, em casa, a rotina é de cuidados intensos, mas cercada de carinho. O quarto da "pequena leoa" mistura decoração fofa com leõezinhos e aparelhos como respirador. O tratamento segue pelo SUS, com uma equipe multidisciplinar: fisioterapeuta, médico, enfermeira e técnico de enfermagem. Ainda há um passo à frente: uma cirurgia cardíaca para corrigir a cardiopatia, programada quando ela estiver mais forte.

Fé, ciência e o futuro da pequena Leoa

Essa história vai além de uma bebê guerreira. Ela mostra como o SUS, apesar dos desafios, entrega atendimento especializado em casos complexos como hérnia diafragmática e cardiopatia congênita em prematuros. Fé e ciência andam de mãos dadas aqui: a família confia no processo, enquanto os profissionais garantem precisão nos cuidados.

Cecília nos faz refletir: quantas "pequenas leoas" lutam silenciosamente nos hospitais brasileiros? Sua jornada inspira esperança para pais em situações parecidas. Com informações de Lincoln Pradal, da NSC TV.

Fonte: NSC Total

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