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SAÚDE

Gastrite: a inflamação que não vemos!

Dr. Eric Sanders

Dor no estômago em forma de pontada; Barriga inchada e dolorida; Dor de cabeça e mal-estar geral; Arrotos frequentes; Perda de apetite; Vômito ou náusea; Sensação de estômago muito cheio, são alguns dos sintomas que você pode apresentar na gastrite.  A gastrite consiste na inflamação do tecido gástrico, podendo complicar com inflamação do esôfago (esofagite). O revestimento do estomago geralmente é resistente à irritação e pode suportar ácidos muito fortes. No entanto quando ocorrem infecções, estresse, lesões, uso de alguns medicamentos e distúrbios do sistema imunológico ocorre a irritação e inflamação.  Geralmente ela é assintomática, mas quando os sintomas ocorrem, incluem dor, desconforto abdominal, algumas vezes náusea ou vômito, indigestão (dispepsia), algumas vezes dor de cabeça relacionada aos episódios gástricos, dor no peito, sensação de arrotos frequentes etc.  A gastrite pode provocar o aparecimento de úlceras estomacais (úlceras gástricas), o que pode agravar os sintomas. Quando uma úlcera rompe (perfura) a parede gástrica, o conteúdo pode espalhar-se pela cavidade abdominal, resultando em inflamação e infecção, chamada peritonite. Algumas das complicações decorrentes da gastrite desenvolvem-se lentamente.   Gastrite erosiva  As pessoas com gastrite erosiva devem evitar tomar medicamentos que irritam o revestimento do estomago como os anti-inflamatórios (diclofenaco, nimesulida, ibuprofeno, cetoprofeno etc.).    Gastrite aguda por estresse  A maioria das pessoas com gastrite aguda por estresse se recupera totalmente após o controle da doença, lesão ou sangramento, quando ele ocorre.  Medicamentos que reduzem a produção de ácidos com bons resultados. Esses medicamentos também são usados no tratamento de quaisquer úlceras que se formem. Para as pessoas com hemorragia intensa decorrente de gastrite aguda por estresse, tem sido utilizada uma grande variedade de tratamentos, mas poucos desses tratamentos, no entanto, melhoram o resultado.  Geralmente, não é necessário realizar exames, a avaliação clínica, normalmente já faz o diagnóstico. No entanto, pode ser realizado uma endoscopia digestiva alta  se os sintomas não desaparecerem com tratamento ou se ocorrer histórico familiar de câncer , uso de álcool , tabagismo e medicamentos crônicos.      Independentemente da causa de gastrite, é possível aliviar os sintomas ao tomar medicamentos que neutralizam ou reduzem a produção do ácido gástrico e ao interromper o uso de medicamentos que causam sintomas. Em caso de infecção por H. Pylori é necessário usar antibióticos apropriados, pois essa bactéria predispõe o aparecimento de câncer gástrico e outras complicações.      Em caso de sintomas leves, os antiácidos servem para neutralizar o ácido já produzido e liberado no estômago . Os antiácidos incluem hidróxido de alumínio (que pode causar obstipação), hidróxido de magnésio (que pode causar diarreia) e carbonato de cálcio. Uma vez que os antiácidos podem interferir na absorção de diversos medicamentos diferentes, as pessoas que utilizam devem consultar antes de utilizá-los los.    Mas, por que é tão importante tratar a gastrite? A gastrite crônica é um fator de risco para úlcera péptica, pólipos gástricos e tumores gástricos benignos e malignos, além de produzir alterações no esôfago que predispõe o aparecimento de lesões pré cancerígenas.   Nunca se automedique, sempre procure avaliação do seu médico de confiança; é mais seguro e evita muitas complicações.   Nos vemos em breve aqui na Coluna Saúde.  

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