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Dra. Cristiane Schmitz

Como deve ser a alimentação no autismo

Sabe se que os pacientes que apresentam TEA ( transtorno do espectro autista) podem apresentar uma seletividade maior em relação a vários tipos e formas de alimentos.

A alimentação para o autismo deve ser saudável e variada, incluindo alimentos naturais como frutas e vegetais frescos, cereais integrais, leguminosas, laticínios, proteínas e gorduras saudáveis.

Uma alimentação balanceada é importante para o desenvolvimento e o crescimento da criança com o transtorno do espectro autista (TEA), além de ajudar a prevenir situações como prisão de ventre, deficiência de nutrientes, obesidade ou doenças cardiovasculares.

Existem também alguns tipos de dietas que podem ser indicadas para o autismo, como a dieta SGSC, que consiste em excluir alimentos com glúten e caseína da dieta. No entanto, essa dieta só deve ser indicada com orientações do especialista .

É fundamental incluir de 2 a 3 porções de frutas frescas por dia, como maçã, pera, banana, uva e laranja, que podem ser distribuídas no café da manhã, lanche da manhã e lanche da tarde, por exemplo.

As frutas são ricas em vitaminas e minerais, nutrientes que são essenciais para a formação dos dentes e ossos, evitar anemia, promover o crescimento adequado e fortalecer o sistema imunológico.

As proteínas, como peixe, ovo, frango, carne bovina e tofu, devem ser consumidas diariamente. Isso porque as proteínas atuam no crescimento e desenvolvimento físico e mental, fortalecem o sistema imunológico e regulam as funções do sistema nervoso.  

É importante evitar alimentos industrializados, porque geralmente são ricos em açúcar, gordura e aditivos químicos que favorecem a adoção de hábitos alimentares ruins e podem causar obesidade, diabetes e outros problemas de saúde.

Legumes e hortaliças, são ricos em fibras que aumentam o volume das fezes e estimulam os movimentos normais do intestino, ajudando na prevenção da prisão de ventre. Além disso, os legumes e as hortaliças são ricos em vitaminas, minerais e antioxidantes.

As gorduras saudáveis, como ômega 3, ômega 6 e ômega 9 têm ação anti-inflamatória e antioxidante, ajudando a melhorar a disposição, a memória e a cognição, além de prevenir doenças como obesidade e diabetes.

É importante também praticar atividades físicas regularmente, como dança, caminhada ou natação. Isso porque os exercícios físicos ajudam na manutenção ou perda do peso corporal, estimulam a produção de hormônios que geram o bem-estar e diminuem o estresse, além de favorecerem as interações sociais.

O uso de suplementos pode ser indicado pelo médico para pessoas com autismo, especialmente em casos de deficiências nutricionais, prisão de ventre, refluxo, alergias ou intolerâncias alimentares.

Dieta SGSC . O que é  ?

A dieta SGSC consiste em retirar da dieta alimentos ricos em glúten, como trigo, cevada e centeio, e os ricos em caseína, que incluem leite e derivados. Além disso, em alguns casos também pode ser indicado reduzir o consumo de açúcar e frutose, assim como de outros alimentos que possam causar alergias ou sensibilidade na criança.

Isso porque, acredita-se que essa dieta equilibra a saúde do intestino e sistema nervoso, melhorando o sono, a concentração e a comunicação em pessoas com transtorno do espectro autista, sendo uma das terapias dietéticas mais pesquisadas nesta área.

No entanto, a dieta SGSC pode aumentar o risco de deficiências nutricionais, além de ainda não existir comprovação científica sobre os benefícios dessa dieta para pessoas com transtorno do espectro autista.

O portador do espectro autista deve ser acompanhado e compreendido na forma como vê ou aceita os distintos alimentos. Entender e auxiliar na variedade da oferta de alimentos fará com que a aceitação seja melhor tolerada.

Sempre converse com o pediatra que acompanha seu filho ( a) sobre as formas de alimentação destinadas a ele.

Abraço e até nosso próximo encontro.

Dra. Cristiane Schmitz

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