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Dra. Cris

Bicho geográfico

O risco nas areias contaminadas

Pode afetar adultos e crianças, sendo mais comum nas crianças, que adquirem a infestação em areia de praia, construção, parques ou jardins, onde os animais infestados depositam suas fezes com os ovos. Esses ovos, sob condições favoráveis de temperatura e umidade transformam-se em larvas, podendo penetrar na pele humana.

A Larva migrans, também conhecida como Helminthiasis migrans, dermatite linear serpiginosa, bicho geográfico e bicho de praia é causada mais comumente pelo Ancylostoma brasiliensis, parasita intestinal do cachorro e gato, sendo seus ovos eliminados com as fezes destes animais.

A contaminação do homem ocorre pelo contato da pele com o solo contaminado por larvas, habitualmente, ao andar descalço sobre terreno arenoso. Praias, principalmente aquelas onde há fezes de cães e gatos na areia, são locais propícios para conter larvas de helmintos. A larva progride sob a pele por trajetos sinuosos, pois não consegue alcançar as camadas mais profundas e desta forma não atingem a corrente sanguínea.

Esta dermatose tem sido vista, praticamente, ao longo do ano todo, sendo o contágio oriundo dos tanques de areia das escolas e dos solos dos parques da cidade., principalmente entre crianças que frequentam praias e parquinhos abertos.

O quadro cutâneo inicia-se com o aparecimento de pápula e logo uma pequena vesícula que assim permanece durante alguns dias. Deste ponto surge o elemento característico desta parasitose, representado por lesão serpiginosa, progressiva, de tamanho variado, que muda frequentemente de direção, apresentando pequena elevação na sua parte final. As lesões, sempre muito pruriginosas, podem surgir em qualquer local do corpo, sendo mais comuns nas regiões plantares, glúteos, genitais e joelhos que, habitualmente, entram em contato com o solo quando as crianças estão brincando e por onde penetra o parasita. Pode ocorrer infestação maciça com grande número de lesões de configuração serpiginosa.

Como complicações podem surgir infecções secundárias, devidas ao ato de coçar e ao uso inadequado de medicações tópicas não apropriadas.

Tratamento

Nos casos pouco intensos o medicamento pode ser tópico, como pomadas adequadas usadas para este fim.

Outro recurso para as infestações pouco intensas é a aplicação de gelo local ou crioterapia, que deve ser aplicada na parte terminal da lesão serpiginosa, com o objetivo de destruir o parasita. Nos casos de lesões muito numerosas, está indicada sua administração de medicamentos por via oral.

Quando há infecção secundária concomitante, antissépticos e antibióticos tópicos e/ou sistêmicos devem ser utilizados conforme a necessidade.

Procure verificar o local onde seu filho brinca, as areias contaminadas geram as lesões e causam coceira intensa, com irritação e ardência local. Em alguns casos há mais de um local afetado.

Não automedique, lembre-se que qualquer medicação deve ser prescrita e usada com conhecimento e segurança.

Um abraço cordial e boas brincadeiras com as crianças

Dra. Cris  

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