logo RCN
Dra Cris

“ Meu filho não vai fazer birra”

BIRRA (Dic.: Ação de quem permanece ou continua insistentemente num mesmo comportamento, opinião, ideia etc; teimosia. Consequência de quem contraria alguém por capricho, sem razão aparente, especialmente fazendo uma cena, chorando, gritando)  Ela é um comportamento comum em algumas fases de desenvolvimento da criança e exige muito jogo de cintura da parte dos pais para lidar com a situação da melhor forma. Isso porque é através da birra que a criança expressa os seus anseios e frustrações. Por outro lado, em algumas situações, a birra que foge do padrão esperado para a idade pode indicar um transtorno de comportamento. Por isso, a importância dos pais e responsáveis analisarem com atenção. A BIRRA é caracterizada como explosão emocional que ocorre quando o bebê ou a criança tenta expressar o que está sentindo através de choro, grito, reclamação descontrolada e teimosia. Faz parte do desenvolvimento infantil utilizar a birra como forma de se expressar e conseguir o que quer, isso porque o bebê descobre desde cedo que é através do choro que ele vai comunicar que está com fome, sono, mal-estar, entre outros sentimentos. Geralmente inicia entre 2 e 4 anos de idade, mas pode iniciar até mesmo antes, por volta dos 10 meses e tem relação com o desenvolvimento do bebê. É nessa fase que a criança começa a expressar as suas próprias vontades e aprende a dizer não para tudo na tentativa de manifestar a sua individualidade. Frequentemente, a forma que a criança encontra para expressar o que está sentindo é através do choro e do grito. É muito importante saber lidar com a birra infantil para evitar que esse comportamento se torne um problema maior, pois geralmente a criança faz birra quando está angustiada com alguma situação. Diante disso, é importante tentar compreender o que está acontecendo para entrar em um acordo. São várias as razões que podem levar a criança a fazer birra, desde o cansaço, fome, até o incômodo com o lugar em que está. Então, antes de mais nada, observe o que pode estar incomodando e tente minimizar o desconforto. Em seguida, explique para a criança que esse tipo de comportamento não é legal e que não deve se repetir. Mas é claro que a situação poderá sim se repetir algumas vezes, dessa maneira, é importante ter muita paciência e empatia na hora de dialogar com a criança. Mas entenda que minimizar os incômodos não quer dizer que você vai ceder a tudo que a criança quer, é importante impor limites para que ela consiga compreender desde cedo que não vai conseguir sempre tudo o que deseja. A criança precisa entender que existe hora para tudo e é muito importante desde nova ensiná-las a lidar com o sentimento de frustração. Por isso, muita atenção! Existem incômodos que são de responsabilidade dos pais minimizar, mas nem tudo deve ser cedido. Se a criança está querendo algo que não é viável proporcionar a ela naquele momento, tente fazer combinados onde ela vai se sentir ouvida, porém, ao mesmo tempo, vai compreender que não pode ter o que quer no momento que quer.  Uma das manobras que indico aos pais nesses momentos de birra é desviar a atenção da criança. Nem sempre o diálogo vai ser a saída, principalmente quando se trata de bebês ou crianças muito novas, já que nem sempre vão compreender o que você está tentando explicar. Nesses casos, a solução é desviar a atenção da criança para uma paisagem, um brinquedo, um desenho, algo que a criança julgue interessante. Faça isso até ela estar entretida o suficiente para acabar com a birra, e só então converse sobre o episódio.  “Mas meu filho não vai fazer birra !!!” Como já falamos anteriormente, a birra infantil é um comportamento normal e inevitável, cedo ou tarde os pais irão se deparar com esse problema. É algo natural e necessário para o amadurecimento e desenvolvimento infantil. Tente sempre que possível dar bastante atenção aos pequenos: muitas vezes, a birra é uma forma que a criança usa para chamar atenção dos pais.  Seja firme com as suas decisões, por mais tentador que seja, não abra mão de uma decisão porque a criança começou a agir de forma birrenta. Explique que tudo tem hora e que não é o momento certo para ela ter o que está querendo. Nesse momento ensine a criança a compreender os seus sentimentos.  Quando as birras começam a ser rotineiras e com sinais mais agressivos os pais devem observar com atenção, pois a criança pode estar desenvolvendo o Transtorno Opositivo Desafiador, conhecido também como TOD. O TOD é um transtorno neuropsiquiátrico, em que a criança costuma ter comportamentos desafiadores e desobedientes, que podem ser manifestar através da teimosia, estresse, hostilidade, raiva descontrolada, sentimento de vingança, dificuldade em obedecer, entre outros comportamentos. A diferença é que a birra geralmente acontece quando a criança quer expressar os seus sentimentos, seja em relação a um desejo ou uma frustração. Já no caso do Transtorno Opositivo Desafiador, a criança repete um comportamento irritável com frequência e até mesmo quando não há um motivo aparente, agindo de forma opositiva a tudo, além de não demonstrar medo de punição. Paciência é a chave! É muito importante manter a calma para saber lidar com a situação de forma empática e paciente. Tenho certeza absoluta que você como um adulto consciente já pensou em fazer birra frente a situações corriqueiras: com o chefe no trabalho, o marido ou a esposa, a namorada ( o ) , alguma situação com amigos ou colegas de trabalho. Imagine só, uma criança que ainda não tem nada de maturidade, como irá agir?!  Busque acolher os sentimentos que estão bagunçados na cabeça da criança para que você possa ajudá-la a compreendê-los, e quando a situação estiver controlada, utilize o diálogo para explicar que não é legal que esse tipo de situação aconteça novamente. Por fim, lembre-se: se sentir que há necessidade, não deixe de buscar ajuda profissional. Um abraço carinhoso  Dra. Cris 

Como está a saúde do seu coração? Anterior

Como está a saúde do seu coração?

Sinais de problemas cardíacos que você pode ter e não sabe Próximo

Sinais de problemas cardíacos que você pode ter e não sabe

Deixe seu comentário