Atitudes inadequadas

Criança sofre queimaduras nos pés após ser obrigada a jogar futebol descalça em escola de SC

  • Foto: Arquivo pessoal/ - Criança sofre queimaduras nos pés durante aula em escola de SC

Menino de Canelinha sofre queimaduras após ser obrigado a jogar futebol descalço; caso é investigado por órgãos municipais.

Na tarde de terça-feira (11), uma situação na rede municipal de ensino do bairro Cobre, em Canelinha (SC), gerou revolta entre pais e moradores. Uma criança chegou em casa com queimaduras nos pés após ser obrigada pelo professor de educação física a jogar futebol descalça em um campo de grama sintética sob forte calor.

Relato detalhado e consequências para a saúde da criança

O menino, visivelmente abalado, voltou para casa mancando, chorando e segurando um dos tênis na mão. Ao retirar a meia, a mãe percebeu bolhas e ferimentos nos pés dele, causados pelo calor excessivo da grama sintética. O estudante precisou de atendimento médico, curativos e recomendação de repouso por quatro dias, além de cuidados extras para evitar infecções.

Professor insistiu na atividade mesmo após reclamações

Segundo o relato da criança, o professor pediu que todos removessem os tênis para jogar futebol. Mesmo após as queixas dos alunos sobre o calor do piso, o professor insistiu para que continuassem com a atividade. O menino tentou calçar os sapatos novamente, mas já estava ferido ao final da aula.

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Outros comportamentos inadequados do docente são relatados

A mãe da vítima procurou a direção da escola e relatou que não foi a primeira vez que o professor teve atitudes inadequadas. Segundo ela, o docente costumava gritar, reclamar da turma e até dizer que queria “sumir” da escola. A progenitora contou também que tentar dialogar com o professor resultou em tensão e intimidação.

Outro episódio preocupante envolveu a proibição de os alunos beberem água como forma de punição. “Nada justifica, água é necessidade básica”, enfatizou a mãe.

Medidas tomadas pela escola e impactos para o estudante

Para evitar novos conflitos, a direção da escola transferiu o estudante de turma, mas a mãe alerta que essa medida prejudicou o rendimento do filho, que foi colocado em uma classe mais atrasada, sem explicação clara.

Investigação

Tanto o Conselho Tutelar quanto a Secretaria Municipal de Educação de Canelinha acompanham e apuram as circunstâncias do ocorrido, com medidas para garantir o bem-estar do aluno e avaliar a conduta do professor.

O caso serve de alerta para toda a comunidade escolar quanto à responsabilidade em proteger crianças durante atividades educativas. Ambientes escolares devem prezar pelo respeito, cuidado e segurança dos alunos, evitando práticas que possam gerar riscos físicos ou emocionais.

Fonte: NDmais

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