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Caso de ciclista morto por motorista bêbado em Florianópolis tem reviravolta após 17 anos
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Foto: Flávio Tin/ND - Morte de ciclista comoveu Florianópolis na época e gerou uma onda de homenagens, com a instalação de Ghost Bikes em locais de acidentes
Após 17 anos, a Justiça determinou o cumprimento da pena para o motorista que matou um ciclista em Florianópolis, reacendendo discussões sobre segurança e impunidade no trânsito.
A tragédia ocorrida em 3 de agosto de 2008 — quando o engenheiro mecânico e triatleta Rodrigo Machado Lucianetti foi atropelado fatalmente na SC-402, em Florianópolis, por um motorista embriagado — voltou aos holofotes 17 anos depois. Um novo desdobramento jurídico reacende a discussão sobre responsabilidade e cuidados no trânsito brasileiro.
Reviravolta judicial: Decisão do STF restabelece condenação
Na última segunda-feira (10), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, restabeleceu a pena do motorista Thiago Luiz Stabile. Ele havia sido condenado pelo júri popular, em 2019, a oito anos e nove meses de prisão, em regime fechado, pelos crimes de homicídio doloso, tentativa de homicídio doloso e embriaguez ao volante. No entanto, sua condenação foi anulada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), sob alegação de contrariedade às provas dos autos, exigindo novo julgamento.
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) recorreu ao STF, considerando que as evidências apresentadas sustentavam a condenação. Gilmar Mendes concordou: segundo o ministro, documentos e depoimentos comprovam que Stabile dirigia embriagado, tentou fugir do local e atingiu os ciclistas frontalmente, na contramão. Com isso, o réu deve começar a cumprir a pena imediatamente, 17 anos após o acidente.
Detalhes do caso: O que aconteceu no dia do acidente?
No dia 3 de agosto de 2008, Rodrigo Lucianetti e Marcelo Occhialini pedalavam pelo quilômetro 3 da SC-402, quando foram atropelados de frente por Thiago Luiz Stabile. O motorista estava em alta velocidade, dirigiu na contramão e testou positivo para álcool (0,73 mg/l de ar expelido, valor superior ao permitido pela legislação). Lucianetti morreu no local, enquanto Occhialini ficou gravemente ferido, necessitando cirurgia.
Na ocasião, Stabile foi preso em flagrante, indiciado por homicídio doloso por assumir o risco do resultado, e permaneceu preso por 23 dias, até obter habeas corpus para responder ao processo em liberdade.
O legado: Homenagens e alertas para a sociedade
O acidente comoveu Florianópolis e impulsionou homenagens como a instalação das chamadas Ghost Bikes — bicicletas brancas fixadas em locais de mortes de ciclistas, lembrando a necessidade de respeito à vida de quem pedala nas ruas. A iniciativa serve como alerta para motoristas e poder público sobre a vulnerabilidade dos ciclistas e a urgência de mudanças nas políticas de trânsito.
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Além disso, o caso amplia o debate sobre impunidade e justiça para vítimas de acidentes fatais. Não seria hora do Brasil revisar a agilidade de seus processos judiciais? Como garantir que episódios semelhantes recebam respostas mais rápidas e efetivas?
Fonte: NDmais
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